Lula Livre foi o tema principal do primeiro programa do PT no horário eleitoral (Imagem capturada do vídeo no Youtube) |
No
primeiro dia dos presidenciáveis no horário eleitoral no rádio e na TV, os 12
candidatos se apresentaram e pediram votos. Lula não foi apresentado como candidato, pois o TSE o considerou inelegível por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, após condenação em segunda instância, no caso do triplex do Guarujá.
Na
abertura de seu programa na TV, o PT criticou a decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), que, na madrugada de hoje (01/09), negou o registro da
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido disse que vai
recorrer e citou recomendação de um comitê da Organização das Nações Unidas
(ONU), segundo o qual, Lula poderia concorrer à Presidência e ser eleito, tese
que não foi aceita pela Justiça Eleitoral.
No
programa, o vice da chapa do PT, Fernando Haddad, afirma que insistirá na
candidatura do ex-presidente, a quem prometeu lealdade. O próprio Lula apareceu
em filmagens realizadas antes de sua prisão, em abril. Ele se disse inocente e
não pediu votos para si, o que foi
proibido pelo TSE.
Dono
de quase metade do tempo destinado aos presidenciáveis (5min33s), Geraldo
Alckmin (PSDB) se apresentou como o mais “equilibrado”. No rádio, ele pediu que
o eleitor vote “sem ódio”, citando diretamente o adversário Jair Bolsonaro
(PSL). Segundo Alckmin, o deputado orgulha-se de ter votado contra o projeto de
lei que garantiu mais direitos às empregadas domésticas. Na TV, o programa do
PSDB fez uma crítica mais velada a Bolsonaro, mostrando que o desemprego, as
filas na saúde, o analfabetismo e a fome não se resolvem com bala. O programa
mostrou ainda a origem de Alckmin no interior de São Paulo e sua carreira como
médico, referindo-se a ele como “Geraldo”.
Com
apenas 8 segundos de tempo de TV e rádio, Bolsonaro limitou-se a defender “a
família e a pátria”. Com o mesmo tempo, João Amoêdo, do Novo, disse que, se for
eleito, acabará com o horário eleitoral obrigatório. Também com o tempo de 8
segundos, Eymael (DC) e Cabo Daciolo (Patri) limitaram-se a pedir votos.
Vera
Lúcia (PSTU), também com 8 segundos, somente afirmou que a eleição é “uma
farsa” e conclamou a uma rebelião. Guilherme Boulos, do PSOL, que teve direito
a 13 segundos, foi apresentado pelo ator Wagner Moura.
Em 21 segundos, a candidata Marina Silva (Rede),
que abriu o programa eleitoral dos presidenciáveis, mostrou a origem dela, na
zona rural do Acre. Em imagens em que está acompanhada do candidato a
vice-presidente Eduardo Jorge (PV), Marina prometeu mobilizar os brasileiros
para mudar o país.
O
slogan “chama o Meirelles” marcou a propaganda do candidato do MDB, Henrique
Meirelles. Ex-presidente do BankBoston e do Banco Central e ex-ministro da
Fazenda, Meirelles aparece como alguém que vem sendo chamado para resolver os
problemas. Ele se apresentou como um candidato que paga sua campanha para não
dever favores e disse que não tem processos, nem denúncias de corrupção.
Reconstruir
a confiança da população brasileira foi o mote do programa de Ciro Gomes (PDT).
O candidato prometeu trabalhar para que o Brasil volte a ser “uma nação justa e
generosa com a sua gente”. Disse ainda que a sua missão é tirar o povo
brasileiro do sofrimento. Com 38 segundos, o pedetista pediu que os eleitores
acessem sua página na internet.
Alvaro
Dias (Pode) apresentou-se como um homem nascido na roça e seguidor dos
ensinamentos dos pais: “trabalhar, ser honesto e ter vergonha na cara”. Sobre a
foto em que aparece ao lado do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava
Jato na primeira instância, Dias afirmou que está do lado certo. Dias encerrou
o programa citando os políticos que “ficam no blá-blá-blá” e com um gesto,
pediu que o eleitor “abra o olho”.
Com
informações portal Agência Brasil
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