Jovens altaneirenses simulam armas com as mãos em alusão ao candidato do PSL (Foto: João Alves) |
A
postagem sobre a participação de jovens altaneirenses em carreata de apoio a
Bolsonaro na cidade de Nova Olinda é a segunda mais visualizada do mês no Blog
de Altaneira, superando com larga vantagem todas as manifestações políticas
realizadas em apoio aos candidatos das lideranças políticas local.
A
foto em compartilhada pelo professor Nicolau Neto em que declarou sentir
envergonhado da participação de jovens altaneirenses no ato, também figura
entre as mais comentadas nas redes sociais.
Em
comentário a postagem do BA o jovem Victor Oliveira, um dos participantes do
ato, disse que não teve acesso à postagem do professor Nicolau Neto, mas viu posteriormente
e assim se manifestou:
“O
que mais me deixa triste, sabe, não é nem puto, é triste mesmo, é o fato de ver
quem mais prega a democracia e a tolerância ser os primeiros a serem
intolerantes. As feministas dizem que as mulheres devem ter opinião própria e
apoiar quem elas quiserem, mas quando apoiam o Bolsonaro não podem. Cadê a
coerência neste discurso? Ah, eles dizem também que quem apoia Bolsonaro também
é machista e homofóbico. Beleza, se eu fosse usar esta lógica poderia dizer que
quem apoia o PT é ladrão. Mas não é assim que se resolve as coisas. Eu por
exemplo acho o PT e o Comunismo o fim dos tempos, mas isso não me dá o direito
de dizer que quem é comunista é ignorante e mau caráter. Democracia meu povo
não existe da boca para fora, consiste basicamente em respeitar a opinião do
outro por mais que ela possa parecer idiota aos seus olhos”.
O
professor Darlan Reis Jr foi um dos primeiros a replicar “Quem prega a
intolerância, fuzilamento de petistas, porrada em filho se ele for gay, defende
a tortura, vota contra os trabalhadores é o Bolsonaro. Quem defendeu até
intervenção militar é Bolsonaro. Quem atacou os quilombolas e indígenas foi o
Bolsonaro. Defender atrocidades não é um direito. Bolsonaro defende tudo isso”.
Já
Cosmo Cleons acredita que “Essa garotada deve estar faltando a aula de história”.
Por
sua vez o advogado Ygor Coelho diz que o comentário de Victor não tem nada a ver com a situação posta. “Para ser
ladrão é preciso ter cometido algum ato criminoso por si mesmo, com suas
próprias mãos. Para ser homofóbico, reacionário, racista, misógino, enfim,
preconceituoso e excludente, basta você pensar de um jeito, concordar com
certas posições e opiniões. Então sua comparação sinceramente é ilógica. Se uma
pessoa apoia incondicionalmente alguém que diz várias declarações homofóbicas,
machistas e racistas é óbvio que ou essa pessoa concorda ou é conivente com
essas opiniões. Já para roubar e ser ladrão não basta concordar com o que uma
pessoa acha e diz, você tem que fazer algo, pois esse crime é uma ação, não uma
opinião só. Eu não acho que todo mundo que vota no Bolsonaro pensa
necessariamente tudo igual a ele, mas eu não hesito em dizer que, exceto no
caso dos que não conhecem bem o histórico desse candidato, os eleitores do Bolsonaro
são sim pessoas que são se importam muito com esses preconceitos, nem mesmo com
a incitação de crimes (como tortura e golpe ditatorial) e acham que eles podem
ser relevados. Isso é, sim, um grande problema.
Victor
Oliveira replica dizendo que não vai entrar em discussão, mas afirma que “a
gente lamenta a morte de um parente querido. O voto de outra pessoa, a gente
respeita, assim como respeito o de vocês”.
José
Filho Que retrocesso! Lutas empreendidas por grandes guerreiros da liberdade,
pioneiros que buscaram fazer com que a educação fosse universal e assecível,
hoje corre o risco de ser trancada em gaiolas da mediocridade e em calabouços
da supremacia, será se os que apontam modelos padrões a serem seguidos são
realmente PADRÕES? #elenunca.
Em
mais um eloquente comentário Ygor Coelho acredita que os jovens nem sabem o que
estão fazendo. “Me lembra aqueles jovens que seguiram cegamente os fascistas e
nazistas acreditando que eles eram a "mudança" e o "futuro"
que ia trazer progresso e ordem. 15 anos depois boa parte deles morreu
cruelmente em guerras causadas pelos nazifascistas. O problema mesmo é que a
juventude ainda recém-saída da infância ainda tem um apego muito grande à ideia
dum "substituto do papaizão", aquela autoridade forte, ao mesmo tempo
paternal mas disciplinadora, que é vista como um herói que vai salvar esses
jovens dos problemas que eles estão percebendo na vida adulta. Só que eles ao
amadurecerem mais vão perceber que estavam sendo altamente manipulados e
ludibriados - e um dia terão vergonha de terem tido fé tão cega num político
que dizia abertamente ser ignorante na maioria dos assuntos importantes para o
País e explicitamente defendeu crimes e criminosos ao longo da vida”.
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