Ciro
Gomes e Geraldo Alckmin se apresentam como alternativa aos extremos (Foto: Edilson Dantas)
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Com a possibilidade
de um enfrentamento no segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando
Haddad (PT), reforçada pelos institutos de pesquisa, forças de centro buscam um
alinhamento em torno de uma candidatura viável para evitar que os
"extremos" se enfrentem nas urnas no fim de outubro.
Fortalecendo
o discurso de apoio a uma candidatura "moderada", o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou carta aos brasileiros pedindo união
dos presidenciáveis em torno de um nome que possa construir unidade contra o
que chamou de "extremos": "Ainda há tempo para deter a marcha da
insensatez". FHC defendeu que o candidato com mais condições eleitorais
deveria ser abraçado pelos presidenciáveis nesse momento.
"Sem
que haja escolha de uma liderança serena que saiba ouvir, que seja honesto, que
tenha experiência e capacidade política para pacificar e governar o País; sem
que a sociedade civil volte a atuar como tal e não como massa de manobra de
partidos; sem que os candidatos que não apostam em soluções extremas se reúnam
e decidam apoiar quem melhores condições de êxito eleitoral tiver, a crise
tenderá certamente a se agravar", disse.
Para
a socióloga Monalisa Soares, da Universidade Federal do Ceará, o presidenciável
tucano Geraldo Alckmin, do ponto de vista da capacidade de união e viabilidade
eleitoral, é quase inviável, pelo que mostram os últimos levantamentos de Ibope
e Datafolha.
Sem
a posição de força política em torno do antipetismo, o PSDB se perdeu, diz a
pesquisadora, e "hoje Alckmin é o candidato com a maior dificuldade de
avançar entre esses que estão posicionados" na luta por uma das vagas ao
2º turno.
A
pesquisa Datafolha gerou ânimo ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) e vai fazer o
PDT direcionar a candidatura do cearense nas próximas duas semanas para uma
espécie de terceira via contra os "extremos" e representar esse
sentimento. O presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, disse ao O POVO que o
discurso será focado para atrair eleitores que não são "coxinha" nem
"mortadela". "Temos que atingir o petista lúcido e o tucano sem
plumagem, os dois lados", adiantou.
No
levantamento do Datafolha, Ciro aparece com 13%, em empate técnico com Fernando
Haddad (PT), com 16%. Com a migração dos eleitores de Lula para Haddad, Ciro vê
nos eleitores de centro a possibilidade de chegar ao 2º turno. De acordo com
Lupi, o foco serão "aqueles que sabem que o Ciro indo para o 2º turno é o
único que pode vencer o Bolsonaro".
Ciro
deverá viajar pelo Nordeste e intensificar atos em São Paulo. Com o alinhamento
do discurso de centro, o pedetista tenta ocupar esse espaço com a expectativa
de união contra o líder nas pesquisas Jair Bolsonaro (PSL).
Apesar
do movimento, os candidatos João Amoêdo (Novo) e Marina Silva (Rede) já
afirmaram publicamente que não desistem das candidaturas. Alckmin ainda crê que
chegará ao segundo turno.
Com
informações portal O Povo Online
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