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7 de setembro de 2018

Homem diz que atacou Bolsonaro "por motivos pessoais" e "a mando de Deus"


Carregado nos ombros por simpatizantes, Jair Bolsonaro (PSL) participava de uma caminhada pelas ruas do centro de Juiz de Fora (MG) quando foi esfaqueado por Adelio Bispo de Oliveira. No momento do ataque, ele vestia uma camisa amarela com os dizeres "Meu Partido é o Brasil".

Bolsonaro cumpria agenda em um dos principais endereços da Cidade, no calçadão da rua Halfeld, local exclusivo para pedestres. O candidato seguia o script de suas agendas de rua: caminhadas no meio dos apoiadores, selfies e interação com crianças e adolescentes simulando armas com as mãos.

Em meio à multidão, Adelio sacou uma faca e rapidamente atingiu o presidenciável. Com uma expressão de surpresa e dor, Bolsonaro se inclinou para trás e foi amparado.

Algumas pessoas, inicialmente, não perceberam o que acontecia. Mas policiais federais socorreram o candidato. Um deles cobriu o ferimento com um pano na tentativa de estancar a hemorragia. Bolsonaro foi rapidamente levado para o carro que o transportava, que logo seguiu para a Santa Casa de Misericórdia, o hospital mais próximo. O veículo saiu em alta velocidade. O segurança que o havia amparado ficou com a mão ensanguentada.

Quando os apoiadores do candidato se deram conta do que havia acontecido, tentaram linchar o agressor. "Mata, mata, mata", gritaram. Oliveira foi cercado e levou socos e pontapés. Ele precisou ser abrigado em uma loja do calçadão. A Polícia Militar chegou ao local com dificuldade e precisou usar gás de pimenta para dispersar a multidão e para proteger Oliveira. Houve empurra-empurra e pessoas foram jogadas no chão durante a confusão. A PM não acompanhava o ato do candidato até então Bolsonaro era escoltado pela Polícia Federal e estava cercado por seguranças voluntários.

Oliveira, segundo os PMs que o prenderam, afirmou que planejou o ataque contra Bolsonaro. De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele disse que saiu de casa com a faca para atacar o candidato "no melhor momento que encontrasse". O ataque, segundo ele, se deu "por motivos pessoais" que os policiais "não entenderiam". Disse ainda, conforme o BO, que fez tudo "a mando de Deus".

A Polícia Civil de Minas informou que um "provável" segundo suspeito de participação no atentado em Juiz de Fora foi detido. O suspeito, que não teve a identificação revelada, foi encaminhado à Polícia Federal na Cidade.

À espera de notícias sobre o estado de saúde de Bolsonaro, apoiadores do candidato se concentraram na porta da Santa Casa de Misericórdia da Cidade assim que souberam que estava na unidade. Muitos usavam camisas pretas com a imagem do presidenciável e carregavam bandeiras do Brasil.

Com informações portal O Povo Online

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