Carregado
nos ombros por simpatizantes, Jair Bolsonaro (PSL) participava de uma caminhada
pelas ruas do centro de Juiz de Fora (MG) quando foi esfaqueado por Adelio
Bispo de Oliveira. No momento do ataque, ele vestia uma camisa amarela com os
dizeres "Meu Partido é o Brasil".
Bolsonaro
cumpria agenda em um dos principais endereços da Cidade, no calçadão da rua
Halfeld, local exclusivo para pedestres. O candidato seguia o script de suas
agendas de rua: caminhadas no meio dos apoiadores, selfies e interação com
crianças e adolescentes simulando armas com as mãos.
Em
meio à multidão, Adelio sacou uma faca e rapidamente atingiu o presidenciável.
Com uma expressão de surpresa e dor, Bolsonaro se inclinou para trás e foi
amparado.
Algumas
pessoas, inicialmente, não perceberam o que acontecia. Mas policiais federais
socorreram o candidato. Um deles cobriu o ferimento com um pano na tentativa de
estancar a hemorragia. Bolsonaro foi rapidamente levado para o carro que o
transportava, que logo seguiu para a Santa Casa de Misericórdia, o hospital
mais próximo. O veículo saiu em alta velocidade. O segurança que o havia
amparado ficou com a mão ensanguentada.
Quando
os apoiadores do candidato se deram conta do que havia acontecido, tentaram
linchar o agressor. "Mata, mata, mata", gritaram. Oliveira foi
cercado e levou socos e pontapés. Ele precisou ser abrigado em uma loja do
calçadão. A Polícia Militar chegou ao local com dificuldade e precisou usar gás
de pimenta para dispersar a multidão e para proteger Oliveira. Houve
empurra-empurra e pessoas foram jogadas no chão durante a confusão. A PM não
acompanhava o ato do candidato até então Bolsonaro era escoltado pela Polícia
Federal e estava cercado por seguranças voluntários.
Oliveira,
segundo os PMs que o prenderam, afirmou que planejou o ataque contra Bolsonaro.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele disse que saiu de casa com a faca
para atacar o candidato "no melhor momento que encontrasse". O
ataque, segundo ele, se deu "por motivos pessoais" que os policiais
"não entenderiam". Disse ainda, conforme o BO, que fez tudo "a
mando de Deus".
A
Polícia Civil de Minas informou que um "provável" segundo suspeito de
participação no atentado em Juiz de Fora foi detido. O suspeito, que não teve a
identificação revelada, foi encaminhado à Polícia Federal na Cidade.
À
espera de notícias sobre o estado de saúde de Bolsonaro, apoiadores do
candidato se concentraram na porta da Santa Casa de Misericórdia da Cidade
assim que souberam que estava na unidade. Muitos usavam camisas pretas com a
imagem do presidenciável e carregavam bandeiras do Brasil.
Com
informações portal O Povo Online
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