General Theophilo durante sabatina promovida pelo Grupo de Comunicação O POVO (Imagem capturada do vídeo) |
O
candidato do PSDB ao Governo do Ceará, general Guilherme Theophilo, mencionou a
possibilidade de privatização da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará
(Cagece) durante sabatina promovida pelo Grupo de Comunicação O POVO, na manhã
de ontem (04/09). A discussão tratou principalmente questões sobre Saúde e
Segurança, áreas que o tucano ressaltou como suas prioridades, caso seja
eleito.
Theophilo
foi o primeiro convidado da série de entrevistas com candidatos ao Governo do
Estado. Ele foi sabatinado pelos jornalistas Érico Firmo, Jocélio Leal e Ítalo
Coriolano, com a mediação de Plínio Bortolotti.
"A
máquina pública nossa está inchada. São 119 autarquias de administração direta
ou indireta penduradas no governo. O governo tem que alimentar", declarou.
A
Cagece é citada pelo candidato como exemplo de modelo ineficaz dentro da gestão
estadual. "Nós temos três opções para a Cagece: ela realmente ficar
eficiente e eficaz no que ela tem que fazer, na distribuição, na gestão da água
no Ceará; abrir o capital dela para iniciativa privada e ser uma economia mista;
ou privatizar de uma vez por todas", anunciou.
Sem
dar como certa a privatização, o general garantiu, contudo, que é necessária
uma mudança para a eficácia do Executivo.
Durante
a sabatina, Theophilo propôs tirar a autonomia da Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará
(CGD). Criada com a finalidade de dar suporte legal à investigação da conduta
de servidores da Secretaria da Segurança Pública (SSPDS) e da Secretaria da
Justiça e Cidadania (Sejus), para Theophilo, a instituição precisa ser
comandada por um policial militar.
A
justificativa do candidato é que o comando da CGD deve ser de alguém que
compreenda como a área funciona internamente. "Hoje (a CGD) serve mais
para acusar militares", defendeu,
Ainda
sobre a CGD, o tucano propôs transformar a controladoria em uma coordenadoria
que passaria a ser vinculada à Secretaria de Segurança. Questionado se isso
possibilitaria o corporativismo dentro da CGD, o que atrapalharia nas
investigações, Theophilo discorda. "Depende da formação de cada um. A
pessoa que é colocada em um cargo de confiança da sociedade, tem que ter uma
responsabilidade com a sociedade".
Ao
enfatizar as precárias condições da segurança no Ceará, o candidato afirmou que
a atual gestão "não investiu, gastou". "Quando você investe,
você tem foco e você tem resultados. Alguma coisa tinha que estar
diminuindo", argumentou.
Ele
citou como proposta a meta de diminuição dos homicídios no Estado em 50% até
2022. Theophilo promete ainda investir na Polícia Civil.
Indagado
sobre outros temas relacionados a essa área, o tucano ressaltou ser contra a
intervenção federal nos estados, a liberação do porte de armas e a
descriminalização das drogas, mas acredita que a avaliação para redução da
maioridade penal é relativa e "depende do crime cometido".
Outras
mudanças planejadas são a diminuição de 34 para 20 secretarias estaduais e também
dos cargos políticos e de confiança e de instituições governamentais. A
solução, para ele, está na distribuição por meritocracia.
"A
única condição que eu exigi do senador Tasso (Jereissati, do PSDB) foi que eu
não aceitaria cargos políticos. Temos dois partidos, Pros e PSDB. O Capitão
Wagner (Pros) já disse que não vai exigir cargo. Então o critério é
meritocracia".
Com
informações portal O Povo Online
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