5 de setembro de 2018

Em sabatina Ciro diz que o palanque do Ceará é ele e lembrou que nunca perdi uma eleição aqui

Ciro Gomes em sabatina na Fundação Armando Alvares Penteado (Foto: capturada do vídeo do Youtube)
Com viagem marcada para o Nordeste, o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) terá paradas em Massapê e Juazeiro do Norte, no Ceará, onde conta com apoio de ampla base de aliados. O governador Camilo Santana (PT), um de seus apadrinhados, porém, não deve estar nos palanques porque está dividido entre a candidatura de Ciro e a do próprio partido. Em resposta à situação, Ciro diz que ele próprio é o palanque no Ceará.

"Quem tá aqui é o Ciro Gomes, não tá reconhecendo não? O palanque do Ceará sou eu. Nunca perdi uma eleição lá, nenhuma vez", disse ao fim de sabatina na Fundação Armando Alvares Penteado ontem. Nas duas vezes em que disputou a presidência, em 1998 e 2002, Ciro teve maioria dos votos válidos no Ceará, embora nunca tenha conseguido chegar ao segundo turno.

Durante a fala em São Paulo, Ciro voltou a criticar Geraldo Alckmin (PSDB), Michel Temer (MBD) e Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, o capitão da reserva, que lidera pesquisas sem Lula, é uma "ameaça ao Brasil e a democracia". Ele sugeriu ainda que havia parcialidade no julgamento de denúncias contra tucanos. "Nenhum foi pra cadeia. O único que foi pra cadeia foi o mais honesto deles, que é o (Eduardo) Azeredo. Nem uma comissãozinha de ética instauraram", disse.

Por outro lado, ele acenou a setores de centro-esquerda. "(Guilherme) Boulos me parece uma mudança importante, coerente. Ele é muito jovem. A Marina (Silva), embora tenha uns amigos banqueiros, acho ela do bem", disse. Os comentários podem fazer parte de estratégia para reunir aliados em um possível segundo turno contra Bolsonaro.

Ciro também rebateu comentário de seu assessor econômico, Mauro Filho, que falou em possibilidade de privatizar estatais. Ciro se disse contra qualquer tipo de privatização.

Durante a sabatina, o candidato foi mais uma vez tachado de belicoso. A jornalista Eliane Cantanhêde questionou como ele conseguiria manter diálogo com o Congresso tendo um "temperamento beligerante". "Você acha que sou o Bolsonaro para tratar minhas diferenças políticas ideológicas com grosseria?", afirmou, arrancando risos da plateia.

Com informações portal O Povo Online

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