Ciro Gomes em sabatina na Fundação Armando Alvares Penteado (Foto: capturada do vídeo do Youtube) |
Com
viagem marcada para o Nordeste, o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) terá
paradas em Massapê e Juazeiro do Norte, no Ceará, onde conta com apoio de ampla
base de aliados. O governador Camilo Santana (PT), um de seus apadrinhados,
porém, não deve estar nos palanques porque está dividido entre a candidatura de
Ciro e a do próprio partido. Em resposta à situação, Ciro diz que ele próprio é
o palanque no Ceará.
"Quem
tá aqui é o Ciro Gomes, não tá reconhecendo não? O palanque do Ceará sou eu.
Nunca perdi uma eleição lá, nenhuma vez", disse ao fim de sabatina na
Fundação Armando Alvares Penteado ontem. Nas duas vezes em que disputou a
presidência, em 1998 e 2002, Ciro teve maioria dos votos válidos no Ceará,
embora nunca tenha conseguido chegar ao segundo turno.
Durante
a fala em São Paulo, Ciro voltou a criticar Geraldo Alckmin (PSDB), Michel
Temer (MBD) e Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, o capitão da reserva, que
lidera pesquisas sem Lula, é uma "ameaça ao Brasil e a democracia".
Ele sugeriu ainda que havia parcialidade no julgamento de denúncias contra
tucanos. "Nenhum foi pra cadeia. O único que foi pra cadeia foi o mais
honesto deles, que é o (Eduardo) Azeredo. Nem uma comissãozinha de ética
instauraram", disse.
Por
outro lado, ele acenou a setores de centro-esquerda. "(Guilherme) Boulos
me parece uma mudança importante, coerente. Ele é muito jovem. A Marina
(Silva), embora tenha uns amigos banqueiros, acho ela do bem", disse. Os
comentários podem fazer parte de estratégia para reunir aliados em um possível
segundo turno contra Bolsonaro.
Ciro
também rebateu comentário de seu assessor econômico, Mauro Filho, que falou em
possibilidade de privatizar estatais. Ciro se disse contra qualquer tipo de
privatização.
Durante
a sabatina, o candidato foi mais uma vez tachado de belicoso. A jornalista
Eliane Cantanhêde questionou como ele conseguiria manter diálogo com o
Congresso tendo um "temperamento beligerante". "Você acha que
sou o Bolsonaro para tratar minhas diferenças políticas ideológicas com grosseria?",
afirmou, arrancando risos da plateia.
Com
informações portal O Povo Online
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