O
candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), criticou o aceno do
adversário e ex-aliado Fernando Haddad ao campo da centro-direita e o apoio que
o PT tem recebido de políticos do MDB, como Eunício Oliveira e Renan Calheiros.
Em encontro com a
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ele voltou a prometer
“bater o recorde de Lula” na abertura de novas vagas em universidades públicas
e apoiar a pesquisa.
Apesar
de ter lembrado ser um aliado fiel por 16 anos, Ciro não poupou críticas ao PT,
sobretudo contra o governo Dilma Rousseff. Ele evitou ataques pessoais contra
Haddad e se concentrou em problemas administrativos e do discurso petista. O
pedetista tem se apresentado como uma solução anti-PT no campo da centro
-esquerda e que tem planos bem diferentes do partido de Lula para o País.
“Ajudei
o Lula do primeiro ao último dia. O Ceará deu dois terços dos votos contra o
impeachment. Só nós. Por isso eu rompi com Renan Calheiros, que é meu velho
amigo, e o Haddad está com ele. Rompi com Eunício (Oliveira) e o Haddad está
com ele. Diria aqui outro
palavrão. E ele que é o progressista e eu agora estou sendo empurrado pra
direita. Para mim, chega. Nunca mais.
Comigo não tem mais esse papo furado”, condenou.
Ciro
disse ainda que o voto útil era “um insulto à preferência popular” e que ele
seria o melhor candidato para acabar com a polarização do PT e “do fenômeno
protofascista”.
Já
o candidato do PT, Fernando Haddad, afirmou ontem que, se eleito, não concederá
indulto a Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato. “Lula é o primeiro a
dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro do Judiciário”, disse, em
entrevista à Rádio CBN e ao portal G1.
Pressionado, Haddad, pela primeira vez, negou: “Não. Não ao indulto”.
A
afirmação foi uma jogada ensaiada com Lula que também ontem, disse por meio do
deputado Wadih Damous (PT-RJ) que quer “ver reconhecida sua inocência e não
quer saber de indulto”. A possibilidade de um perdão ao ex-presidente foi usada
nos últimos dois dias como munição de adversários que querem explorar o
antipetismo contra Haddad.
Com
informações portal O Povo Online
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