Ciro ainda tentou descolar seu discurso da chamada extrema esquerda ao defender uma união do País (Foto: Divulgação) |
Em
discurso para associação de aposentados e pensionistas em Jundiaí (SP) ontem (02/09) o candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, atacou o
presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e xingou o candidato ao governo de São
Paulo João Doria (PSDB). Ao defender propostas de seu programa de governo, Ciro
afirmou que Bolsonaro quer se beneficiar ao falar sobre valores cristãos e
chamou João Doria de "vagabundo" e "nojento".
Enquanto
Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário em que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é apresentado como candidato, Doria
está à frente nas sondagens para o governo paulista. Em São Paulo, o PDT lançou
a candidatura do ex-prefeito de Suzano Marcelo Cândido para o Palácio dos
Bandeirantes.
Ciro
tentou descolar seu discurso da chamada extrema esquerda ao defender uma união
do País. "Esse país está doente, está muito doente. Porque algum pode
pensar, e querem fazer isso comigo, que eu tenho olho vesgo, que eu sou da
esquerda, que eu só vejo o lado do pobre, que eu não sei que o País precisa se
unir. Não, não, esse aí é outro", disse Ciro, enfatizando que o seu desejo
era "encerrar essa luta odienta de coxinhas e mortadelas".
Ao
falar sobre Bolsonaro, o pedetista disse que "ideia da decência" não
pode ser vantagem e que o discurso de "cristão" e "família"
não pode superar a discussão sobre o modelo de economia para o Brasil. "O
Paulo Guedes (assessor econômico de Bolsonaro) propõe formalmente privatizar
Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica", citou.
Ele
ainda fez referências ao discurso do candidato do PSL conta a descriminalização
do aborto. "Ninguém toca no assunto, chega eleição começa o debate para
que o miserável evangélico, o pobre católico, o paupérrimo neopentecostal vote
por ódio, por valores secundários e não entenda o elefante do circo",
disse Ciro, ao comparar o eleitoral como um elefante de circo que "levanta
a patinha quando o domador faz o sinal."
O
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, foi alvo das críticas
mais agudas de Ciro em seu discurso em Jundiaí. Os comentários sobre o tucano
foram feitos após o pedetista ter encerrado sua fala em um ato organizado por
militantes e pedir para falar novamente porque havia esquecido de citar os
candidatos de seu partido no Estado.
Ciro
acusou Doria de, enquanto presidente da Embratur no governo José Sarney, ter
defendido um projeto que levaria turistas para presenciar a seca no Nordeste.
"Esse vagabundo era presidente da Embratur e anunciou uma linha de turismo
para o povo rico do estrangeiro e do Brasil ir ver a seca no Nordeste. Então
nós temos muita raiva dele porque é uma pessoa que não respeita o mínimo da
dignidade humana", disse Ciro, afirmando que o tucano "enganou"
a população da capital paulista. "Isso é um nojento, acreditem em
mim."
Candidato
do PDT ao governo de São Paulo, Marcelo Cândido afirmou em seu discurso que
Doria é o adversário a ser batido na campanha eleitoral. "João Doria é o
adversário que vamos bater nas urnas porque as pessoas vão o conhecendo
melhor", declarou o candidato, que também acusou o tucano de ter
incentivado o "turismo da seca" quando presidiu a Embratur.
Com
informações portal O Povo Online
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