Os
seis candidatos ao governo do Ceará já gastaram, em um mês de campanha
eleitoral, mais de R$ 3,1 milhões. Deste total, mais de R$ 2 milhões - quase
dois a cada três reais - vieram de partidos políticos, sobretudo por meio do
Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mantido com dinheiro
público.
Levantamento
tem base na prestação de contas parcial obrigatória dos candidatos, divulgada
neste fim de semana pela Justiça Eleitoral. Líder na arrecadação com R$ 2
milhões, o governador Camilo Santana (PT) é também o menos dependente de
repasses partidários. Até agora, ele foi o único que conseguiu grandes doações
de pessoas físicas, em R$ 1,2 milhão (61,3%).
Entre
os principais financiadores da campanha do petista, estão o senador Eunício
Oliveira (MDB), que doou R$ 600 mil, e o presidente da Federação das Indústrias
do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart, com repasse de R$ 500 mil. Doações em
R$ 785 mil feitas pelo Partido dos Trabalhadores para a campanha de Camilo, por
outro lado, representam 38% dos recursos do candidato.
Quase
todas as demais campanhas do Estado são financiadas quase que exclusivamente
por dinheiro público. Segundo candidato com mais recursos, General Theophilo
(PSDB) recebeu repasse de R$ 1,2 milhão do PSDB via Fundo Eleitoral. O valor
corresponde a 100% dos recursos declarados pelo tucano à Justiça Eleitoral.
Já
Ailton Lopes (Psol) conseguiu somar diversas pequenas doações de pessoas
físicas, mas ainda assim tem 90% de seus recursos oriundos do Psol. O candidato
do PSL, Hélio Góis, é o único que declarou não ter recebido dinheiro do partido
para a campanha.
Candidato
de estrutura mais modesta, Mikaelton Carantino (PCO) disse ter recebido apenas
uma doação de R$ 600 do partido, mas não declarou quaisquer despesas. Já
Gonzaga (PSTU) recebeu quase R$ 30 mil da legenda, mas disse ter gastado apenas
R$ 800 na produção dos seus programas de televisão.
Todas
as informações foram prestadas pelos próprios candidatos para a Justiça
Eleitoral. No último sábado, 15, ocorreu a data limite para o envio da
prestação parcial obrigatória das contas de candidaturas. A data marca um mês
do início da campanha eleitoral de rua, em 16 de agosto.
Os
candidatos só serão obrigados a apresentar novas prestações de contas em 6 de
novembro, após a eleição. É cobrado dos candidatos, no entanto, que as próprias
campanhas atualizem em tempo real a entrada e saída de recursos por
transparência.
Criado
pelo Congresso Nacional em outubro do ano passado, novo Fundo Eleitoral de R$
1,7 bilhão é aplicado na campanha deste ano como "tubo de ensaio". A
ideia dos partidos políticos é reduzir a interferência do poder empresarial nas
campanhas, após diversos escândalos de corrupção.
A
confecção de adesivos e panfletos é hoje uma das principais prioridades dos
candidatos ao governo do Ceará. Em declaração à Justiça Eleitoral, candidatos
afirmaram ter gastado quase R$ 1 milhão com este tipo de material.
O
governador Camilo Santana lidera na despesa, investindo R$ 605,6 mil em
adesivos, quase 17% de tudo que foi gasto até agora, e mais R$ 149,5 mil em
materiais impressos. Já General Theophilo declarou como principal despesa os
gastos com transporte em R$ 214 mil.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.