Ailton Lopes durante sabatina promovida pelo Grupo de Comunicação O POVO (Imagem capturada do vídeo) |
Destaques
da gestão de Camilo Santana (PT), as escolas estaduais de tempo integral foram
criticadas ontem (04/09) pelo candidato ao Governo do Ceará, Ailton Lopes
(Psol). Segundo ele, "educação integral não é o mesmo que educação em
tempo integral". "O que eu tenho recebido são relatos de escolas
superlotadas, sem espaço para refeitório, sem espaço para repouso. O
adolescente fica da manhã até umas cinco horas da tarde sem ter onde repousar,
alguns dormindo sobre birô e outros no chão", criticou.
Segundo
ele, há unidades que enfrentam dificuldades para reposição de pincel atômico e
para fazer xerox suficiente de folhas de atividades. "Falta o básico
nessas escolas. Fica uma escola cansativa. O adolescente fica o dia inteiro lá
cansado. Isso diminui, inclusive, a aprendizagem", completou.
As
declarações de Ailton Lopes foram feitas ontem durante série de entrevistas com
candidatos ao Governo do Estado realizada pelo Grupo de Comunicação O POVO. O
candidato foi sabatinado pelos jornalistas Carlos Mazza, Lucinthya Gomes e
Wagner Mendes, com a mediação de Plínio Bortolotti.
Para
contornar as dificuldades em escolas de tempo integral, ele propõe
investimentos em infraestrutura, alimentação adequada, além da diminuição do
número de alunos por turma no máximo 25 em cada sala de aula, em vez de 40,
como Ailton diz ocorrer atualmente.
O
programa de governo do psolista prevê também que 100% do quadro permanente de
professores seja de efetivos. Bolsas de iniciação científicas, iniciação ao
desporto e à cultura também são propostas. O aumento do orçamento para a
educação, de 25% para 30%, foi a principal medida apresentada para a área,
sendo 5% desses direcionados para a educação superior.
Com
um representante na Assembleia Legislativa atualmente, o Psol tem intenção de
eleger quatro deputados estaduais. Confrontado sobre como garantiria a
governabilidade, por defender propostas que teriam dificuldade de avançar no
Parlamento, considerando a configuração que tem hoje, Ailton disse que o
principal aliado será o povo. "Temos que convocar as pessoas para
participar da política. Os cidadãos, as cidadãs não podem ser convocados apenas
de quatro em quatro anos para votar. Eles têm que participar também da
definição da política pública", ressaltou.
O
candidato criticou o modelo de política que chamou de "balcão de
negócios". "Se eu partir do pressuposto de que eu não vou governar,
porque eu não vou ter maioria parlamentar, só quem seria candidato nessa
eleição seria o Camilo Santana, porque ele tem quase 80% dos candidatos a
deputado estadual. Então, não precisaria eu ser candidato, ninguém ser
candidato", criticou.
Sobre
segurança pública, ele comparou a situação atual da violência a uma guerra e
defendeu que, no lugar de investir na repressão, deve-se focar na prevenção, na
investigação e na integração de políticas de segurança.
"Os
nossos policiais têm ido para uma guerra, preparados para matar e para
morrer", lamentou. "Os próprios agentes de segurança estão sob
estresse porque estão no meio de uma guerra", acrescentou. Ailton pontuou
que o que é necessária uma mudança de foco e criticou o tratamento atual dado à
temática, em que se investe apenas na repressão do crime. "Precisamos
focar na prevenção e na investigação, promoção e integração das políticas de
segurança pública. Não dá para chegar só com o Raio".
O
candidato do Psol se posicionou contra duas propostas apresentadas pelo também
candidato ao Governo do Estado General Theophilo (PSDB) durante a sabatina no O
POVO realizada na última segunda-feira.
Ailton
Lopes ressaltou que não retiraria a autonomia da Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do
Ceará (CGD) e nem pensa em privatizar a Companhia de Água e Esgoto do Estado do
Ceará (Cagece).
Com
informações portal O Povo Online
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