Púlpito destinado ao governador ficou vazio ao longo do debate (Foto: Fabio Lima) |
No
primeiro debate entre os candidatos ao Governo do Estado, na TV Jangadeiro ontem (22/08) a ausência de Camilo Santana (PT), que concorre à reeleição, predominou
como assunto principal.
Alegando
agenda no Rio de Janeiro ao lado do senador Eunício Oliveira (MDB) no mesmo
horário do programa, o petista se tornou alvo prioritário de Ailton Lopes
(Psol), General Theophilo (PSDB) e Hélio Gois (PSL).
Os
adversários do governador se revezaram nas críticas, sobretudo nas áreas de
segurança e infraestrutura.
"O
governador não tem coragem (para debater)", atacou Theophilo no primeiro
dos quatro blocos de debate.
"Faltou
o governador sentar ali e prestar esclarecimentos", acrescentou Hélio,
seguido pelo candidato do Psol, que classificou a falta como "irresponsável"
e "desrespeitosa".
De
acordo com pesquisa Ibope divulgada na última semana, Camilo tem 64% das
intenções de voto na corrida ao Palácio da Abolição, à frente do candidato
tucano, com 4%.
Ailton,
Hélio e Francisco Gonzaga (PSTU), que não participou do debate, aparecem em
triplo empate com 2%. Mikaelton Carantino (PCO), também fora do embate na TV
Jangadeiro, não pontuou.
O
segundo tópico mais frequente nos ataques foi o da segurança, em torno do qual
Ailton e General divergiram.
Ao
reafirmar que o problema no Estado era de falta de autoridade para enfrentar
criminosos, o postulante tucano foi rebatido pelo candidato do Psol, que o
comparou a Moroni Torgan (DEM), vice-prefeito de Fortaleza.
"Tem
candidatos que parecem com o candidato que hoje é vice-prefeito", disse
Ailton. "Simplesmente dizer que é falta de moral e de coragem (para baixar
índices de homicídios) é apelar ao populismo. Isso não é um teste para quem vai
prometer mais."
Sem
o governador, o socialista e o tucano continuaram a polarizar, agora sobre a
aliança de Camilo com Eunício, que disputa novo mandato no Senado.
Questionado
pelo General sobre o que achava da parceria entre o petista e o emedebista,
Ailton respondeu que essa era uma pergunta que deveria ser feita ao senador
Tasso Jereissati (PSDB), principal fiador da candidatura do militar ao Governo.
O
militar devolveu: "É o governador que está apoiando o MDB aqui, não é a
gente", disse. Em 2014, com apoio de Tasso, Eunício enfrentou Camilo e
perdeu no segundo turno.
O
presidente do Senado se reaproximou da base governista no fim do ano passado.
Hoje, Eunício concorre numa aliança informal com o governador.
Outros
assuntos também entraram no radar dos participantes, como reforma trabalhista,
corrupção e obras inacabadas.
Ao
se referir ao desperdício de gastos no Ceará, Hélio disse que iria transformar
o Acquario num museu em homenagem ao "gasto público irresponsável".
Com
informações portal O Povo Online
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