Manuela disse ainda acreditar em união dos quadros da esquerda (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom) |
A
deputada estadual Manuela d'Ávila foi confirmada pelo PCdoB na tarde de ontem (01/08)
como candidata do partido à Presidência da República. Dizendo-se esperançosa
quanto à possibilidade de união entre os demais quadros da esquerda em torno de
apenas um nome, a candidata se colocou como a melhor opção para construir um
“novo projeto” de desenvolvimento para superar desigualdades regionais, de
gênero e de raça.
Ao
discursar, depois de ter a candidatura lançada com apoio unânime dos delegados
do partido, Manuela d'Ávila apresentou bandeiras como a da reforma da segurança
pública, a justiça tributária, o combate às grandes corporações e a revogação
da reforma trabalhista e da emenda constitucional que estabeleceu um teto para
os gastos públicos por 20 anos. Ela criticou o “desemprego recorde”, a queda da
massa salarial e a evasão de jovens de universidades e escolas técnicas.
Apos
o evento, a candidata voltou a dizer que abrirá mão de disputar a Presidência
caso haja unidade dos três outros partidos da esquerda que pretendem concorrer
ao pleito.
“Serei
candidata, a partir da homologação, para defender o nosso país da cobiça das
grandes corporações e das grandes potências internacionais. Sou candidata
porque o Brasil é um sonho que pode ser realizado, porque acreditamos que é
possível defender o desenvolvimento sustentável, aquele que coloca a Região
Amazônica no centro das alternativas”, disse.
Reforma
da Previdência
Sobre
a Previdência, a candidata defendeu que se faça antes uma auditoria para saber
o “tamanho do déficit”, e depois propor uma reforma que combata os privilégios.
Manuela d'Ávila também disse apoiar a taxação dos lucros, dividendos e das
grandes fortunas. "É necessário radicalizar a democracia. Ou seja, ocupar
poder. É possível construir uma política com muito mais participação da
sociedade", prometeu ainda.
Em
diversos momentos do discurso, a candidata criticou também a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ela, tem sido perseguido
porque lidera as pesquisas de intenção de voto. “Nós acreditamos na necessidade
de, durante os próximos 60 dias, não baixarmos a bandeira da defesa da
liberdade de Lula”, disse.
Participaram
da convenção o governador do Maranhão, Flávio Dino; a senadora Vanessa
Graziotin (AM); a deputada Jandira Feghali (RJ); e a presidenta nacional da
sigla, Luciana Santos. Também estiveram presentes a presidente da União
Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, e a coordenadora da campanha de
Manuela, a ex-vice-prefeita de São Paulo Nádia Campeão.
Perfil
Nascida
em Porto Alegre (RS) em agosto de 1981, Manuela Pinto Vieira D'Ávila é
jornalista. Ingressou em 1999 na União da Juventude Socialista, ligada ao
PCdoB, e mais tarde chegou à vice-presidência da UNE. Foi vereadora na capital
gaúcha e deputada federal por dois mandatos.
Sua
atuação sempre foi focada em pautas sociais especialmente educação, juventude e
direitos humanos. Manuela também já se candidatou, sem sucesso, duas vezes, à
prefeitura de Porto Alegre, em 2008 e 2012. Desde 2015, ocupa uma vaga na
Assembleia Legislativa do estado.
Com
informações portal Agência Brasil
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