Dando
continuidade às entrevistas com os presidenciáveis, a rádio O POVO/CBN recebeu
Guilherme Boulos (Psol), 36 anos, o mais jovem candidato nas eleições de 2018.
O
psolista afirmou que esquerda está construindo uma aliança com muitos
movimentos sociais, ao contrário dos indicativos de isolamento, já que há
candidatos distintos.
"Movimentos
de luta por moradia, indígenas, movimento das comunicações, feminista, negro,
artistas, professores... É uma aliança que vem de baixo pra cima. Não é uma
aliança fisiológica, que apoia um por dinheiro e apoia outro por tempo de
televisão, é uma aliança em torno de um projeto pro Brasil", disse.
Boulos
acredita que é preciso "mudar o jeito de fazer política", não apenas
com uma reforma, mas com uma refundação da democracia, apresentando um novo
jeito de governar.
"Eu não quero ser presidente do Brasil
pra chegar lá e trocar voto por cargo com o Congresso Nacional, porque é assim
que foi feito até hoje." Segundo Boulos, o brasileiro estaria cansado e
desesperançado na política por conta de tais práticas.
"Nós
queremos governar, sim, respeitando o Congresso, mas com a maioria da sociedade
brasileira. E é por isso que a gente tem falado em plebiscitos e
referendos", disse.
Caso
eleito, já no primeiro dia do mandato, ele pretende apresentar tanto ao
Congresso quanto à sociedade, a revogação de uma série de atos do governo
Temer, como a reforma trabalhista e o congelamento de gastos públicos em saúde
e educação por 20 anos.
Guilherme
Boulos considera que "aproximar o poder das pessoas é o novo jeito de
fazer política". Para ele, as mudanças profundas que aconteceram no Brasil
foram fruto, sempre, de grandes mobilizações.
"A
ditadura militar no nosso país não acabou porque generais decidiram que era a
hora de acabar. Acabou porque o povo foi às ruas com as 'diretas já' e várias
mobilizações", disse ele, ressaltando que o seu governo iria valorizar a
participação popular.
Ele
também definiu o impeachment como golpe e a prisão de Lula como injusta a
absurda, "feita para tirá-lo do processo eleitoral". Para Boulos, a
intervenção feita pelo Judiciário neste processo eleitoral não contribui para a
democracia.
"Nós temos que enfrentar a corrupção em todos os níveis, e a
maior forma de enfrentá-la é mudar o sistema político brasileiro", concluiu.
Com
informações portal O Povo Online
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