Os
cearenses Eunício Oliveira (MDB) e Eduardo Girão (Pros), ambos empreendedores
do ramo da segurança privada, estão entre os cinco candidatos ao Senado mais
ricos do País. Os dois empresários apresentaram patrimônio superior a todos os
nomes ao Senado de três regiões do Brasil: Norte, Nordeste e Sudeste. Os dados
são do DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral.
Enquanto
o emedebista disse à Justiça Eleitoral ter um patrimônio de R$ 89,2 milhões, o
ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube apresentou um montante de R$ 36,3
milhões.
Os
números ficam atrás apenas de multimilionários, como o candidato Fernando
Marques (SD), do Distrito Federal, que apresentou impressionantes R$ 667
milhões. Ele é do setor farmacêutico.
Estão
à frente dos cearenses ainda os candidatos Oriovisto Guimarães (Podemos), do
Paraná, que declarou R$ 239,7 milhões, e Pedro Chaves (PRB), do Mato Grosso do
Sul, com um valor de R$ 130,4 milhões.
Conforme
levantamento feito pelo jornal O POVO, dos 342 que buscam uma das 81 cadeiras no
Senado Federal, 139 declararam um patrimônio acima de um milhão de reais. O
percentual de milionários é de 40,64% de todos os postulantes.
Ainda
entre os cearenses, os candidatos José Alberto Bardawil (Podemos) e Cid Gomes
(PDT) também declararam bens acima de um milhão de reais.
Com
a mudança na legislação que proíbe a doação de pessoas jurídicas para as
campanhas, muitos empresários optaram por financiar boa parte das suas
atividades eleitorais.
Com
treze candidatos, o Ceará é o quarto Estado brasileiro com o maior patrimônio
declarado, somando todos os nomes que disputam uma vaga no Senado. Juntos, os
postulantes somam a cifra de R$ 132,3 milhões.
Bem
diferente da realidade da esmagadora maioria da população cearense, que,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2017, tem
um rendimento médio mensal no valor de R$ 824. Fica abaixo de um salário
mínimo, que está em R$ 954.
O
perfil dos candidatos mais ricos em cada Estado é de centro-direita. Dos 27
estados, o MDB lidera em seis deles. Pelo menos duas delas com veteranos da
política, como Edison Lobão (MDB), no Maranhão, que declarou R$ 8,6 milhões, e
Renan Calheiros, em Alagoas, que apresentou quase R$ 2 milhões.
O
PSDB, vem na sequência com quatro nomes. Seguido de PP e DEM, com três. As
legendas PSC, PPL, PTC, PV, PSL, PTB, Novo, PSD, SD, PRB e Podemos lideram em
pelo menos um Estado. Partidos que militam pelas ideias mais progressistas,
como PT, Psol e PSB não lideram nos Estados.
Embora
apresente poucos candidatos ao Senado, o Novo, com viés empresarial, tem
contribuído para inserir o mercado financeiro na disputa eleitoral. O candidato
à Presidência da República, João Amoêdo, declarou o valor de R$ 425 milhões.
O
discurso adotado é de sucesso no trabalho e na carreira no campo privado. A
ideia é convencer o eleitor que o sucesso na carreira empresarial é garantia de
boa administração pública.
Se
por um lado há os super-ricos, por outro há os pouco abastados. Como exemplos,
estão Jorge Vianna (MDB), da Bahia, que declarou R$ 950,78 de patrimônio. Já
Anísio Guato (Psol), do Mato Grosso do Sul, apresentou R$ 60.
Com
informações portal O Povo Online
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