Embora
com cores diferentes, os 24 partidos que representam a base do governador
Camilo Santana (PT) devem “avermelhar” o Ceará nos próximos dois meses. Com
base nos dados disponibilizados pela Associação dos Municípios do Estado do
Ceará (Aprece), o petista deve receber o apoio de 170 gestões municipais.
O
percentual chega, em tese, a 92,40% dos prefeitos. Do lado da oposição tucana,
o general Guilherme Theophilo (PSDB) deverá receber o apoio dos 14 prefeitos
que integram a sigla no interior e Região Metropolitana da Capital.
Em
tese porque há as traições. Em outras realidades, o prefeito não tem uma gestão
bem avaliada pelo eleitor e os adversários acabam ganhando terreno na
localidade.
O jornal O POVO apurou, entre parlamentares da base aliada e da oposição, que não há número fechado de apoio nem de oposição. A volatilidade antes e durante a campanha eleitoral é mais comum do que se imagina.
O jornal O POVO apurou, entre parlamentares da base aliada e da oposição, que não há número fechado de apoio nem de oposição. A volatilidade antes e durante a campanha eleitoral é mais comum do que se imagina.
Bem
avaliado e com a imensa maioria dos prefeitos na base, o então governador Lúcio
Alcântara (PSDB) foi derrotado ainda no primeiro turno para o então ex-prefeito
de Sobral, Cid Gomes em 2006.
“Ninguém garante eleição só pelo número de prefeitos não. Cada eleição é uma eleição. Ninguém pode transpor como foi uma eleição passada para atual”, relembra o tucano que chegou a disputar em 2010, mas foi derrotado novamente no primeiro turno. Nesse caso, em condições mais adversas.
“Ninguém garante eleição só pelo número de prefeitos não. Cada eleição é uma eleição. Ninguém pode transpor como foi uma eleição passada para atual”, relembra o tucano que chegou a disputar em 2010, mas foi derrotado novamente no primeiro turno. Nesse caso, em condições mais adversas.
O
ex-governador, que é coordenador da campanha do general Theophilo, explica
ainda que a atual eleição é implicada por um cenário diferente dos últimos anos
e que por isso pode surpreender.
“É a crise econômica e política, é um grande número de processos de investigações que estão em curso, há um desencanto da população, há um desgaste dos políticos. Tudo isso faz um cenário singular nessa eleição”, argumenta o ex-governador.
“É a crise econômica e política, é um grande número de processos de investigações que estão em curso, há um desencanto da população, há um desgaste dos políticos. Tudo isso faz um cenário singular nessa eleição”, argumenta o ex-governador.
Vice-líder
do governador na Assembleia Legislativa, o deputado estadual José Sarto (PDT)
pede cautela mesmo com o amplo apoio no Interior do Estado para o governador
que tenta reeleição. O parlamentar argumenta que não há perspectiva sobre como
se dará o comportamento do eleitor e que por isso “não existe eleição ganha nem
perdida antes do dia”.
“Aparentemente,
tem uma ampla coalizão de uma grande maioria dos prefeitos, mas isso não é
garantia de vitória nem de derrota. O governador sabe disso, já foi deputado,
conhece, e acho que é ter o pé no chão, humildade e ir para a luta, fazer o
debate e mostrar o projeto”, disse o deputado.
Em
2014, Camilo foi derrotado na Capital e Região Metropolitana pelo então adversário
Eunício Oliveira (MDB).
Foram
as articulações com prefeitos no interior que garantiram a vitória apertada,
com margem mínima de votos. A oposição, agora representada pelo general
reformado, tenta, na RMF, um fôlego para contaminar o interior com o desejo de
acatar um projeto diferente do que está posto.
Com
informações portal O Povo Online
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