À
frente de um condomínio partidário formado por 24 legendas, o governador Camilo
Santana (PT) pode ter dificuldades para montar palanques no Interior e na
Capital. Candidato à reeleição, o petista foi oficializado em convenção no
último domingo.
No
evento, não estiveram presentes os dois candidatos de Camilo ao Senado: o
ex-governador Cid Gomes (PDT), nome da chapa governista, e o senador Eunício
Oliveira (MDB), lançado em chapa avulsa.
Cid,
como Camilo tratou de informar em discurso, não compareceu à oficialização da
própria candidatura porque estava com enxaqueca. O pedetista, disse o
governador, havia passado a noite em costuras para as coligações.
As
dores de cabeça, porém, podem se estender por mais tempo e atingir outros
aliados. De acordo com o presidente estadual do PT Moisés Braz, "após
muitas reuniões, essa foi a coligação possível de construir, preservando os
interesses de cada partido", mas com candidatos à Presidência e objetivos
distintos que podem criar embaraços no futuro.
Braz
reconhece que o gigantismo do bloco não deve permitir que todas as legendas da
aliança "estejam juntas no mesmo palanque" no curso da campanha.
"Em alguns municípios", garantiu o parlamentar, "vamos precisar
fazer campanha separada" porque os partidos "têm outros
interesses".
O
dirigente petista cita, por exemplo, o candidato à reeleição Eunício Oliveira.
"Nossa coligação contempla o governador Camilo e a eleição ao Senado do
Cid. Não temos qualquer compromisso com a eleição dele (Eunício)", falou,
referindo-se à ausência de Eunício na convenção do PT.
Presidente
do PDT no Ceará, o deputado federal André Figueiredo afirmou ao O POVO que,
"dentro de uma aliança com 24 partidos, é lógico que podem aparecer
problemas pontuais. Nós, por exemplo, não estamos com o MDB. E isso em respeito
ao Ciro".
Para
o deputado, entretanto, trata-se de dificuldade facilmente contornável.
"Temos dois meses de campanha, cada um dentro das respectivas estratégias.
A candidatura do Camilo é que une esses partidos. Temos uma multiplicidade de
força", assegurou.
Líder
do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Evandro Leitão (PDT)
minimizou qualquer impasse. "Não vejo que nós teremos maiores problemas
sobre isso (alianças)", avaliou.
Com
informações portal O Povo Online
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