O
pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, foi vaiado em
evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ontem (04/07), em
Brasília, ao defender que a reforma trabalhista foi uma “selvageria” aprovada
contra os trabalhadores. Ele voltou a dizer que, se eleito, irá ouvir todos os
setores antes de sugerir uma nova proposta para a área.
“Não
tenho poder de revogar a reforma trabalhista no primeiro dia. Precisamos
substituir essa selvageria por uma verdadeira reforma trabalhista. Meu
compromisso com as centrais sindicais é botar esta bola de volta para o meio de
campo”, disse. O discurso fez com que parte da plateia iniciasse uma vaia
contra o pré-candidato.
Ciro
reagiu: “Pois é, vai ser assim mesmo. Se quiserem presidente fraco, escolham um
desses aí que vêm com conversa fiada para vocês”. Em seguida, o pré-candidato
pediu que a plateia colocasse a “mão na consciência”. “50 milhões de
compatriotas nossos estão vivendo o pão que o diabo amassou na informalidade.
Vamos colocar a mão na consciência, cavalheiros”, afirmou.
O
evento promovido pela CNI, chamado “Diálogo da Indústria com os candidatos à
Presidência da República”, tem como objetivo apresentar aos presidenciáveis
propostas do setor para as eleições deste ano.
Antes
do fim de seu tempo, Ciro voltou a falar sobre o assunto e procurou defender
que o problema da indústria brasileira não são os salários de trabalhadores,
mas sim a política de câmbio e juros. Em seguida, ele arrancou aplausos da
mesma plateia ao dizer que irá agir sobre “os dois preços centrais que estão
desindustrializando o Brasil: câmbio e juros”. “Vou agir para a indústria
sobreviver e competir”, acrescentou ao receber apoio dos presentes no evento.
O
episódio irritou o pré-candidato. Em coletiva de imprensa após o evento, Ciro
minimizou as vaias e criticou as perguntas dos jornalistas sobre o caso. “Não
tem jeito, é a isso que vocês vão dar destaque. Escreva o que você quiser”,
disse a um jornalista. “Fui vaiado por uma pequena fração da plateia, mas não
estou preocupado. Meu lado é o lado da classe trabalhadora”, afirmou.
Ele
também ironizou o fato de a mesma plateia ter aplaudido, mais cedo, o
pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que também discursou no evento da CNI.
“Sinal dos tempos”, respondeu. “Cada um tem o candidato que merece, eu teria
vergonha de bater palma para o Bolsonaro”, afirmou.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.