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27 de julho de 2018

Ex-ministro de Lula admite apoio do PT a Ciro Gomes no segundo turno


O ex-ministro do ex-presidente Lula, Gilberto Carvalho, afirmou ontem (26/07) ao jornal O POVO que a possibilidade de o PT estar ao lado de Ciro Gomes (PDT) em um provável segundo turno é de 100%.

Em visita a Fortaleza para análise do cenário político nacional, o dirigente petista justificou a inclinação alegando maior “identidade” com o projeto representado pelo cearense na postulação ao Planalto.

“Em um segundo turno evidentemente temos maior proximidade com o Ciro do que com qualquer outro. No segundo turno, eu diria que é 100%. Ou a gente apoia ou vamos esperar que ele nos apoie”, declarou Carvalho.

O petista ainda elogiou a postura do ex-governador do Ceará enquanto integrou o primeiro escalão do ex-presidente Lula no primeiro governo. “Ele foi meu colega de ministério. O Ciro foi mais corajoso do que muito ministro do PT na defesa do Lula em 2005 e do governo”, reforçou.

De acordo com o ex-ministro, no entanto, a possibilidade de união com o PDT de Ciro no primeiro turno é praticamente nula em razão do apelo popular pelo nome do ex-mandatário preso há 110 dias, após condenação em investigação envolvendo o triplex de Guarujá.

“No primeiro turno eu diria que é próximo de zero. Nós não temos escolha. O povo quer o Lula. O povo considera uma traição do PT se o PT não apoiar o Lula”, disse ontem antes de participar de evento na sede do PT, na Avenida da Universidade.

Ao lado do pré-candidato à Assembleia Legislativa, Acrísio Sena, e da pré-candidata à Câmara dos Deputados, Rachel Marques, responsáveis pela visita de Gilberto ao Ceará, o convidado optou por não se posicionar sobre a situação local envolvendo a defesa de uma candidatura do PT ao Senado.

Questionado, o ex-ministro argumentou que a instância nacional ainda não tinha se posicionado e deixou a responsabilidade para o encontro de tática do partido que ocorre amanhã.

“Dificuldade temos no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais. Se o Brasil todo fosse um Ceará, estávamos era fazendo festa essa hora. O cara conseguir chegar no final do primeiro mandato e chegar com uma aliança dessa, é uma vitória política extraordinária. Sobre o senado não vou me pronunciar porque o partido vai ter um encontro tático no sábado e a direção nacional não tomou posição”, concluiu.

Com informações portal O Povo Online

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