Nas
vésperas do anúncio do apoio do “centrão” ao presidenciável Geraldo Alckmin
(PSDB), previsto para hoje (26/07), o ex-governador Ciro Gomes (PDT) voltou a
fazer acenos à esquerda.
Lançado
oficialmente na corrida ao Planalto há uma semana, Ciro foi preterido pelo
bloco de partidos formado por DEM, PP, PR, PRP e SD, que fechou acordo com o
candidato tucano e agora costura a definição de um vice para o postulante –
convidado para a vaga, o empresário Josué Gomes (PR-MG) ainda não formalizou
desistência.
Criticado
por juízes e adversários políticos após dizer que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) “só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder
e organizar a carga”, Ciro afirmou ontem (25/07)que a frase foi propositalmente
retirada de contexto para gerar um mal-entendido.
A
declaração do pedetista foi dada durante participação em evento do partido em
Ananindeua, na região metropolitana de Belém (PA), na última terça-feira (24/07).
Além
de mencionar a soltura de Lula, Ciro prometeu colocar Ministério Público e
Judiciário de volta a suas “caixinhas” e “restaurar a autoridade do poder
político”.
“Quando
eu disse ‘a gente’, eu não quis dizer eu. Quis dizer os democratas, os que têm
compromisso com o Estado democrático de direito”, respondeu o ex-ministro.
É
a segunda polêmica envolvendo Ciro e o MP em pouco mais de uma semana. Dias
atrás, o presidenciável xingou promotor que pediu a abertura de inquérito para
investigar se o então pré-candidato tinha cometido crime de injúria racial
depois de chamar o vereador Fernando Holiday (DEM-SP) de “capitãozinho do
mato”.
O
entrevero foi um dos fatores que pesaram contra o cearense nas negociações que
o candidato abrira com as legendas do “centrão” na tentativa de aumentar a sua
fatia no tempo de propaganda eleitoral.
Um
dia após o “blocão” lhe virar as costas e já sacramentado como candidato, Ciro
afirmou que sua “responsabilidade” havia aumentado. Referia-se a Lula. Preso há
três meses, o petista, condenado na Lava Jato, lidera com folga as pesquisas de
intenção de voto. Nos cenários sem o ex-presidente, entretanto, o capitão da
reserva Jair Bolsonaro (PSL) passa a ocupar a ponta.
Com
informações portal O Povo Online
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