O
Ceará é, ao lado do Maranhão, o estado brasileiro com menor porcentagem de
servidores públicos estaduais. No total, 1,2% da população cearense ocupa
cargos de administração direta ou indireta do Estado.
Os dados estão no Perfil
dos Estados Brasileiros 2017 (Estadic), que apresenta os dados da Pesquisa de
Informações Básicas Estaduais, respondida pelos governos dos estados e do
Distrito Federal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O
estudo também revela que, de 2014 para 2017, o número de pessoas ocupadas nas
administrações diretas e indiretas dos estados e do Distrito Federal diminuiu
5%, passando de 3,173 milhões para 3,016 milhões no período. O número
corresponde a 2% da população com 18 anos ou mais. O maior percentual de
funcionários públicos está no Acre, com 6,8% das pessoas ocupadas trabalhando
no setor público.
Segundo
o secretário do Planejamento do Ceará, Maia Júnior, o percentual revela duas
faces de uma mesma moeda: se, por um lado, o Estado está com um número enxuto
de servidores, a quantidade de servidores aposentados desequilibra a balança
econômica.
“O
serviço público do Ceará tinha gente em excesso no passado, e isso gerou muitos
aposentados. Ao mesmo tempo, dificultou a abertura de editais de concursos nos
últimos 30 anos. A curva do concurso começa a ser retomada agora, no governo do
Camilo Santana (PT)”, analisou o secretário.
Segundo
Maia, hoje o número de servidores do Estado é suficiente, embora algumas
secretarias precisem de mais funcionários. “A tendência é que, com a evolução
tecnológica, o número de servidores caia ao longo dos anos. Mas isso não
significa que não haverá mais concursos, porque nós sempre precisaremos repor.
Hoje se precisa de mais médicos do que antes, porque há mais hospitais”,
exemplifica.
Maia
não avalia a porcentagem como positiva nem negativa. “Isso é uma rotina do
serviço público. Os servidores saem e são repostos”. Para ele, no entanto, o
ideal é que a maioria das ofertas de emprego seja do setor privado. “Isso é
sinal de uma economia equilibrada”.
Se
for levado em conta apenas a administração direta dos estados e do Distrito
Federal, o número de pessoas ocupadas passou de 2,779 milhões em 2014 para
2,602 milhões em 2017, uma queda de 6,3%. Na administração indireta houve
aumento de 4,9%, passando de 393 mil para 413 mil. Quando ao vínculo, 84,5% dos
recursos humanos na administração direta eram estatutários no ano passado e
10,3% sem vínculo permanente, além de 3,4% comissionados, 0,9% celetistas e 1%
de estagiários.
Segundo
o IBGE, esta quinta edição do Estadic consolida um “sistema avançado de
informações sobre governos, descentralização, federalismo, gestão e políticas
públicas no Brasil”.
PORCENTAGEM
DA POPULAÇÃO DE CADA ESTADO FORMADA POR SERVIDORES ESTADUAIS
1º
Acre: 6,8%
2º
Roraima: 6,2%
3º
Distrito Federal: 6,1%
4º
Amapá: 6%
5º
Tocantins: 5,1%
6º
Rondônia: 3,9%
7º
Amazonas: 3,1%
7º
Mato Grosso: 3,1%
9º
Mato Grosso do Sul: 2,6%
10º
Piauí: 2,5%
10º
Sergipe: 2,5%
12º
Minhas Gerais: 2,4%
13º
Rio Grande do Norte: 2,3%
14º
Paraná: 2,2%
15º
Paraíba: 2,1%
16º
Goiás: 2%
17º
Espírito Santo: 1,9%
17º
Pará: 1,9%
19º
Pernambuco: 1,8%
20º
Alagoas: 1,7%
20º
Rio de Janeiro: 1,7%
20º
São Paulo: 1,7%
20º
Santa Catarina: 1,7%
24º
Rio Grande do Sul: 1,5%
25º
Bahia: 1,4%
26º
Maranhão: 1,2%
26º
Ceará: 1,2%
Com
informações portal O Povo Online
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