Camilo nos estúdios da Rádio O POVO/CBN em Fortaleza (Foto: Aurélio Alves) |
Camilo
Santana (PT) jogou ontem verdadeiro “balde de água fria” em planos de petistas
cearenses que defendem candidatura própria do partido ao Senado neste ano. Em
entrevista ao O POVO, o governador destacou importância de outras legendas em
sua base aliada e disse ser “tendência natural” que ele apoie reeleição de
Eunício Oliveira (MDB) ao Senado.
“É
natural que cada partido queira o máximo possível de espaço. O PT precisa compreender
que o governador já é do PT. Uma aliança como a nossa, com mais de vinte
partidos, que tem três vagas, você precisa discutir isso, e não impor”, disse,
logo após passagem na Rádio O POVO/CBN para participar do programa O POVO no
Rádio, com o jornalista Luiz Viana.
Na
última segunda-feira, o presidente do PT Ceará, deputado estadual Moisés Braz,
afirmou que petistas não “abrirão mão” de disputar vaga pelo Senado na chapa da
base. A tese, antes defendida apenas pelo grupo minoritário da deputada federal
Luizianne Lins (PT), amplia racha já instaurado em busca pelas duas vagas de
senador no arco de alianças do governador.
Além
de petistas, já reivindicavam as vagas para o Senado o ex-ministro Cid Gomes
(PDT) e o senador Eunício Oliveira, que se reaproximou recentemente do governo.
O entrave ocorre, no entanto, por influência do pré-candidato do PDT à
Presidência, Ciro Gomes, que tem subido o tom de críticas ao emedebista e
defendido lançar Cid e André Figueiredo (PDT) nas vagas.
Questionado
sobre o impasse, Camilo disse que iniciou nesta semana processo de diálogos que
definirá a chapa, negou qualquer imposição de “caciques” e disse que nenhum
interesse é inconciliável. “Na vida tudo pode ser, há diálogo para tudo (...)
estamos construindo diálogo. Não é o Ciro que manda, não sou eu que mando. A
gente define de forma democrática”, diz.
Durante
a entrevista, Camilo cravou ainda que “não há possibilidade” de sua chapa ao
Governo não incluir o PDT de Cid e Ciro. Questionado logo em seguida se isso se
aplicaria também ao MDB, no entanto, desconversou: “Vamos construir, vamos
construir”, disse, destacando ainda “tendência natural” de manter o posto de vice-governador
com o PDT.
Sobre
cenário nacional, Camilo voltou a dizer que não acredita em candidatura do
ex-presidente Lula e defendeu uma “candidatura única progressista”. “Eu não
acredito que vão deixar Lula ser candidato. (...) A lei da Ficha Limpa é clara
que quem tem julgamento em 2ª instância está impedido”.
Com
informações portal O Povo Online
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