A
posse de Deodato Ramalho, ontem, na presidência do PT de Fortaleza, é peça
importante na definição do equilíbrio de poder no partido, nas proximidades das
eleições.
A rigor, no calendário do partido, não há agora mudança de mandato -
nem faria sentido, nas portas da campanha. Ocorre que, na última eleição,
Acrísio Sena e Deodato - com apoio da ex-prefeita Luizianne Lins - travaram
disputa muito parelha. O resultado foi objeto de recurso em instâncias do
partido e estabeleceu-se o impasse.
A solução salomônica foi repartir o mandato
ao meio. Acrísio dirigiu o partido na primeira metade. Pela primeira vez neste
século, o diretório municipal saiu das mãos do grupo de Luizianne - que agora
recobra a hegemonia.
O
retorno dessa ala à direção do partido na Capital está longe de fazer frente ao
grupo que controla a legenda no Estado. Porém, fortalece o contraponto ao
governador Camilo Santana, ao seu grupo e à aliança com a família Ferreira
Gomes. A ala luizianista é obviamente mais frágil hoje do que foi quando
detinha a Prefeitura de Fortaleza. Ainda assim, seu fortalecimento interno é
fator relevante extra a ser administrado pelo governador na iminência da busca
pela reeleição.
Isso
numa campanha que, se ainda não apresentou adversários competitivos, é repleta
de fatores complexos, locais e nacionais, dentro da própria composição
governista.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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