Eunício fez críticas a Temer após missa pelos 50 anos de Camilo (Foto: Evilázio Bezerra) |
O
presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), avalia que efeitos da crise de
combustíveis deixaram “muito difícil” a relação do governo Michel Temer (MDB)
com o Congresso. Em entrevista ao jornal O POVO, o senador criticou política de preços
adotada pela gestão na Petrobras e disse que o Planalto não tem “credibilidade”
para pautar reformas ainda neste ano.
“Estamos
no final de governo, e é um governo fragilizado, sem aplausos nas ruas, sem
credibilidade do ponto de vista político. É preciso que a gente tenha ciência
disso”, disse Eunício, destacando que uma reforma na Previdência precisa ser
pauta para o próximo presidente. “São eles que, eleitos, terão legitimidade
para fazer reformas”.
O
presidente do Congresso também se queixou da postura do Planalto durante a
greve de caminhoneiros, que teria deixado boa parte do desgaste com a população
“sobrar” para os parlamentares. “Tivemos que entrar nesse processo inteiro,
sermos fiadores, uma vez que, pelo tamanho do desgaste do governo, não só na
greve mas no todo, as pessoas exigiam”, afirma.
“Acabou
sendo tudo resolvido pelo Congresso, que não tem nenhuma participação na
construção de preços da Petrobras. Quem tem que cuidar disso é o Executivo e a
agência controladora (...) eu sinceramente passei por dias muito difíceis, mas
graças a Deus tudo caminha para a normalidade”, diz.
Eunício
criticou ainda resistência do governo em não alterar a atual política de preços
de combustíveis da Petrobras. “A Petrobras tem que ser preservada, mas ela não
pode ser um instrumento de desagregação social. Quando você tem 11 aumentos em
15 dias, é sinal que a vinculação dos aumentos de combustíveis está errada,
equivocada”, avalia o senador.
“Não
é questão de pregar a destruição da Petrobras, que é patrimônio nacional, mas
nós temos que ter um mínimo de previsibilidade dos preços, a população tem que
ter uma noção de quanto vai pagar. Não pode chegar no posto e ver que, por
causa de alguma variação do dólar, vai ter que pagar mais. Até porque, quando o
dólar cai, o preço não cai junto”, explica.
Críticas
evidenciam ainda mais o afastamento entre os presidentes de Casas Legislativas
com Temer. Na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
fez críticas à condução da crise dos combustíveis feita pelo Planalto, chegando
a aprovar projeto de lei desonerando tributos do óleo diesel.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.