O
pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, disse ontem (18/06)
torcer pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “o quanto
antes”. No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin pediu que
seja incluída na pauta da Segunda Turma do dia 26 de junho um pedido da defesa
de Lula para suspender a prisão. Para Ciro Gomes, o resultado do julgamento é
imprevisível.
“Fundo
de urna e cabeça de juiz ninguém tem a menor ideia do que vem. Então eu torço
que o Lula seja o quanto antes posto livre”, declarou Ciro, após participar de
um fórum promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em São
Paulo.
Apesar
de defender a liberdade de Lula, de quem já foi ministro, Ciro destacou que tem
divergências em relação aos rumos que o ex-presidente está “impondo” ao PT, em
referência à manutenção da pré-candidatura do petista, preso e condenado na
Operação Lava Jato, e à dificuldade de admitir uma alternativa com outros
partidos de esquerda.
“Com
todas as discordâncias que eu tenho dele e dos rumos que ele tem imposto ao PT,
eu me sinto muito mal com a ideia de que tenha um líder popular da grandeza do
Lula mantido preso”, disse o pedetista, reforçando que, para ele, a prisão do
ex-presidente é “dolorida”.
Ciro
evitou declarar se, caso fosse eleito, daria indulto ao ex-presidente Lula. “Se
eleito, você volta a falar comigo sobre o assunto”, respondeu.
Ao
comentar a tentativa de aproximação do PT com o PSB, partido que Ciro também
busca para compor aliança, ele evitou rivalizar com os petistas quando
perguntado se via uma tentativa de Lula de isolá-lo na disputa. “Papel de um
candidato ou partido é procurar aliança, errado esteve aquele partido ou aquela
aliança que no passado empurrou todo mundo para fora”.
Sobre
suas conversas com o PSB, Ciro afirmou que “estão indo bem”, mas que não há
nenhuma definição no momento. “O tempo é deles”, declarou.
Criticando
a política de preços da Petrobras adotada no governo de Michel Temer, Ciro
Gomes defendeu que os preços sejam definidos com base nos custos da estatal e
no lucro em linha com os concorrentes. Ele disse acreditar que uma margem
razoável de lucro é de 3%. “Ninguém ganha lucro de 20%, 30%, como o sr. Pedro
Parente (ex-presidente da Petrobras) fez agora”, comentou. Para o
presidenciável, entregar o lucro da empresa para acionistas minoritários “é um
crime”.
Com
informações portal O Povo Online
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