O
governador do Ceará Camilo Santana (PT) faltou a todos os eventos de lançamento
da pré-candidatura do ex-presidente Lula à Presidência até agora. Primeiro, no
Ceará, duas semanas atrás, quando trocou a agenda do partido por uma caravana
no Cariri ao lado dos irmãos Ferreira Gomes. Lá, falou sobre realizações do
Estado e subiu no pau de Santo Antônio, cuja festa se realizava naquele fim de
semana.
A
segunda falta de Camilo foi ontem, em Minas Gerais, onde se reuniram lideranças
da sigla para o anúncio oficial de Lula como postulante da legenda ao Planalto.
Entre
os governadores petistas, Camilo foi o único ausente. Estava em Russas, no
interior do Ceará, inaugurando um campinho de futebol ao lado do deputado
federal Genecias Noronha (SD). Aliado de última hora do Palácio da Abolição, o
parlamentar votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e
contra as duas denúncias que tinham Michel Temer como alvo – as acusações
acabariam barradas pela Câmara dos Deputados.
Camilo
tem sinalizado que está disposto a deixar de lado resoluções do partido para
não contrariar interesses do grupo ao qual é ligado. Dentro do PT, há hoje um
cisma incontornável que até pode se transformar em fratura durante a campanha
eleitoral, mas que, por enquanto, não tem impedido que os dois lados nessa
disputa intrapartidária estejam juntos.
Nem
todos os governadores da sigla endossam a tese da candidatura Lula, mas todos
estavam em Minas ontem. Menos Camilo.
Pode
demorar ainda, mas o chefe do Executivo cearense e o PT logo chegarão à
conclusão de que precisam de uma DR. Antes ou depois das eleições? Depende de
dois fatores: um, a manutenção de Lula como postulante. Dois: a segunda vaga na
chapa para o Senado.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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