O
artigo de Michel Temer, hoje, na Folha, autolouvando-se pela passagem do
segundo aniversário do golpe, só é relevante, paradoxalmente, pelo retrato da irrelevância que seu autor
conseguiu ser, neste tempo, no cenário político.
Todos
os dados e argumentos que elenca para jactar-se de sua “grande administração”
são, quando não simplesmente falsos, “conquistas” que se deram sem ele ou
apesar dele.
Já
se inicia com a alegação de que recuperou “Petrobras, o Banco do Brasil, os
Correios, a Caixa Econômica Federal”.
Ora, a Petrobras, que largou a indústria naval à falência, vende campos
de petróleo e perfura cada vez menos poços elevou seu valor em Bolsa apenas e
simplesmente porque o seu produto subiu 200% de preço, o BB nunca esteve em
crise, os Correios fecha agências e demite e a Caixa, além de ficar de fora das
faixas populares do Minha Casa, Minha Vida, simplesmente fechou sua carteira
imobiliária por seis meses.
Mas
importante, porém, é que a prova real do vazio do que diz é que o verdadeiro
juiz do desempenho de um governo, o povo, o tem na mais baixa e desprezível
conta.
Sequer
polêmico chega a ser; é unânime, na rejeição. Há,
porém, algo que agrava a sua situação. É
que é indispensável ao imbecil completo sentir-se vaidoso de sua própria
insignificância.
E
isso leva Temer a proferir frases que envergonhariam qualquer um que não
chegasse aos píncaros da estupidez: “Fizemos em dois anos o que outros não
fizeram em 20 anos”.
É
o mesmo mote de seu desastrado e risível “slogan” – já substituído, de piada
que virou: “O Brasil voltou, 20 anos em 2”.
Tire-se
a vírgula e a “modéstia” do ocupante do Planalto e veremos que voltamos no
tempo mais, muito mais.
À
barbárie.
Publicado
originalmente no portal Tijolaço
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