Temer em evento no Palácio do Planalto para celebrar dois anos de governo (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom) |
Em
discurso de aproximadamente uma hora para apresentar o balanço de dois anos de
seu governo, o presidente Michel Temer afirmou ontem (15/05) à tarde, durante
cerimônia no Palácio do Planalto, que ainda resta “muito por fazer” nos meses
que faltam para o fim do governo. Temer falou a uma plateia de ministros e
parlamentares aliados. “Temos sete meses pela frente, temos muito por fazer e
podemos fazer. Se em dois anos fizemos tudo isso, em sete meses podemos fazer
pelo menos [mais] um terço”.
Ao
falar sobre o evento, o presidente, que assumiu o poder no dia 12 de maio de
2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, frisou que não se tratava de uma
comemoração, “mas de uma prestação de contas”. Segundo ele, “foram muitas
realizações em pouco tempo”, ao creditar ao seu governo o fim da recessão
econômica no país; a queda na taxa de juros, que atingiu o menor nível da
história, e do risco Brasil; além de resultados recordes na balança comercial e
melhoria no desempenho das empresas do país na Bolsa de Valores.
Para
o presidente, o desemprego vem dando “claros sinais de recuperação”, citando
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho, que aponta saldo positivo de mais de 200 mil novas vagas criadas
desde o início do ano. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação está em 13,1% no país.
Durante
o discurso, Temer citou, uma a uma, quase todas as ações listadas na cartilha
lançada pouco antes, que enumera 83 medidas de seu governo em dois anos de
gestão. O presidente fez um elogio à equipe e um agradecimento específico aos
parlamentares da base aliada. Segundo Temer, os deputados e senadores
“colocaram o Brasil acima de qualquer interesse político-partidário”. O
presidente reafirmou que o diálogo foi uma marca de seu governo, classificado
por ele como “semipresidencialista”.
Recado
aos desempregados
Além
disso, Temer repetiu o que já dissera em seu pronunciamento do Dia do
Trabalhador e pediu que os desempregados do Brasil não percam a esperança e
“não aceitem outro Brasil”.
“Agradeço
a todos, mas também aos nossos milhões de trabalhadores e trabalhadoras que
diariamente fazem o Brasil acontecer. A você que ainda procura um emprego, eu
não esqueci o meu compromisso assumido no Dia do Trabalho. O Brasil cresce e a
nossa esperança cresce junto. Não percam a esperança e não aceitem outro
Brasil”.
Críticas
à oposição
O
presidente encerrou o discurso com o que chamou de uma “mensagem
político-institucional à nação”. Ele pregou a necessidade de pacificação do
país e disse que é preciso separar o momento político-eleitoral, quando todos
se contestam e debatem o que consideram o melhor para o país, do
político-administrativo. “Que logo após as eleições venha o momento chamado
político-administrativo, em que todos devem se unir em busca do bem comum”.
Temer
criticou também setores de oposição, em âmbito municipal, estadual e federal.
Segundo ele, políticos fazem oposição sem argumentos, apenas porque não foram
eleitos. “Eu espero que, logo depois das eleições, as pessoas possam pensar nos
problemas do país e não no fato de ter ganho ou perdido a eleição”.
Com
informações portal Agência Brasil
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