Manuela D'ávila visitou Fortaleza a convite de centro estudantil da Unifor (Foto: Aurélio Alves) |
Pré-candidata
à presidência da República pelo PCdoB, a ex-deputada federal Manuela D’Ávila
afirmou ontem (18/05) em passagem por Fortaleza, que não é obstáculo para uma ampla
aliança dos partidos de esquerda na disputa pelo Palácio do Planalto, ainda no
primeiro turno deste ano.
Ao
comentar a declaração do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que
afirmou que a união das pré-candidaturas do campo esquerdista deveria ocorrer
em torno do nome mais bem colocado nas pesquisas — após a prisão do
ex-presidente Lula —, ela afirmou que a possibilidade de um grande arco de
apoios imediato não é uma decisão apenas do PCdoB.
“O
espírito do que o Flávio (Dino) disse é absolutamente correto. Tem uma
preocupação que é como garantir uma saída conjunta para o nosso campo político,
mas tem que ser conjunta”, disse ao O POVO na manhã de ontem. “O PCdoB
representa saída conjunta para os três? O Psol abriria mão da sua candidatura?
O PT, que movimento faria? Então, na vida real, isso não se materializa apenas
pela vontade do PCdoB”, acrescentou.
Com
0,5% das intenções de voto para a presidência, conforme levantamento do
instituto CNT/MDA, divulgado na última segunda-feira, 14, a comunista disse não
ser empecilho para a união no primeiro turno, mas revela que a tendência é que
esse agrupamento ocorra apenas para o segundo momento, que é quando os
programas seriam comparados com o grupo da direita.
“Eu
sempre disse e repito: eu, em nenhum momento, me coloquei como óbice para a
unidade do nosso campo político. Mas precisamos representar a unidade do campo.
Eu não sou óbice para isso, mas não é a tendência hoje”, revela.
Em
cinco meses de atividade da pré-candidatura, Manuela diz ter visitado cerca de
17 estados. Ela classificou a pré-campanha como “extraordinária”.
A
ex-deputada federal tem visitado universidades e lançado manifestos contra
“retrocessos sociais”, que coloca na conta do presidente Michel Temer (MDB).
Na
capital cearense, Manuela visitou a Universidade de Fortaleza (Unifor) para
participar de evento organizado pelo diretório central dos estudantes da
instituição. O objetivo era discutir a situação política enfrentada pelo País.
A pré-candidata também visitou a Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
Falando
a estudantes da universidade, defendeu a saída da crise por que passa o País
pelo rumo da democracia e citou o “golpe” como principal causador da
descontinuidade de políticas sociais e de investimentos na educação.
“(O
golpe) é para que seja colocado um projeto antinacional. Ele é antinacional
porque acaba com os direitos do povo. É um projeto que ferra com o povo
brasileiro”, discursou.
Com
informações portal O Povo Online
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