Após
a decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) de não entrar na disputa para
presidente da República, o PDT tem estreitado as negociações para levar o PSB a
apoiar a campanha do ex-governador do Ceará Ciro Gomes.
Os pedetistas
sinalizaram desistir das candidaturas a governador em estados onde o PSB possui
nomes competitivos em troca da aliança. Partido também desenha aliança com o
PCdoB.
No
último congresso do PSB, realizado em março, ficou definida como prioridade a
eleição de dez governadores. A possibilidade de ganhar terreno nos estados em
que o PDT tem candidaturas possíveis é considerada uma boa estratégia para
definir a união do partido com Ciro em outubro.
Pela
estratégia, o PDT poderá abrir mão de lançar candidatura na Paraíba, onde a
vice-governadora Lígia Feliciano tinha intenção de entrar na disputa, além do
Distrito Federal, onde o atual presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, se
articulava para a competir.
O
Amapá é o único estado onde o cenário político poderia atrapalhar a negociação
entre os dois partidos. Neste estado, PSB e PDT são adversários em uma acirrada
disputa. O atual governador Waldez Góes (PDT) vai concorrer à reeleição com o
senador João Capiberibe, que já lançou pré-candidatura pelo PSB.
"Mas
não é essa questão (de divergências no Amapá) que vai impedir o apoio. Vamos
correr atrás e buscar a formação dessa aliança (entre PDT e PSB)"
O
presidente do PDT Ceará, deputado federal André Figueiredo, confirmou que as
conversas com o PSB foram reiniciadas após saída de Joaquim Barbosa, mas disse
que a articulação está em “fase embrionária”. Conforme o dirigente, o PDT está
disposto a apoiar os candidatos do PSB nos estados onde competem e confirma que
a única dificuldade seria a composição no Amapá. “Mas não é essa questão que
vai impedir o apoio. Vamos correr atrás e buscar a formação dessa aliança”,
disse.
O
deputado Odorico Monteiro, presidente estadual do PSB, compartilha desse
pensamento. Ele disse que a aliança é possível e que a bancada pessebista tem
se mostrado favorável à composição. “O que tem que acontecer agora é conversa e
isso já está acontecendo. Os dois presidentes dos partidos já vinham
conversando. O Ciro é um quadro muito respeitado pelo PSB”, defendeu.
Para
Odorico, a divergência no Amapá não é tratada como uma “impossibilidade” para a
formação da aliança. “Pelo que tenho conversado com o Capiberibe, isso se
resolve. Ele disse que é só estabelecer parâmetros específicos”, completou.
Sinalizações de aliança também se desenham entre o PDT e o PCdoB.
Esta
semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defendeu que o seu
partido desistisse da candidatura de Manuela d’Ávila para apoiar Ciro. Em
resposta a Dino, a pré-candidata lançou nota dizendo que as declarações do
governador são um “chamado à razão e ao diálogo”. “Nossas diferenças são
pequenas diante dos desafios do nosso País e de nosso campo. Estou aberta – e
todos deveriam estar também – para a construção de uma saída que una o conjunto
da esquerda”, escreveu.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.