Com
pouco mais de dois meses até a definição de candidatos para as eleições deste
ano, base aliada de Camilo Santana (PT) vive hoje impasse sobre quais serão os
dois nomes do bloco para a disputa ao Senado Federal.
Até agora, pelo menos
quatro pré-candidatos se dizem “confirmados” no páreo pelas duas vagas abertas
na Casa a partir do próximo ano.
Disputam
pelas cadeiras o ex-governador Cid Gomes (PDT), o deputado federal André
Figueiredo (PDT) e o senador José Pimentel (PT). Apesar de ainda não admitir
ter voltado à base aliada do governo, o senador Eunício Oliveira (MDB), até
pouco tempo atrás na oposição, também vem sinalizando intenção de disputar
reeleição em chapa com o bloco de Camilo.
Até
o início do ano citada por ambos como “parceria administrativa”, a
reaproximação entre o governador e Eunício ganhou claros contornos eleitorais
nas últimas semanas. Nos bastidores, se comenta que o emedebista teria tido
papel fundamental no “resgate” de partidos da oposição, como o PR e o
Solidariedade, para a base do governo.
Como
a candidatura de Cid Gomes já é dada como “martelo batido”, fortalecimento do
passe de Eunício é motivo de incômodo para os demais pré-candidatos da base ao
Senado. O maior crítico interno acaba sendo André Figueiredo, principal cotado
para disputar por uma das vagas antes de Camilo e Eunício reatarem o diálogo.
Em
maio do ano passado, o deputado chegou inclusive a ter o nome lançado para o
Senado pelo próprio Cid durante evento no Interior. Agora menos lembrado, André
tem afirmado não possuir qualquer plano senão a disputa pela vaga e destacado
"sérias restrições" do PDT nacional à aliança com o MDB.
“Se
o nosso maior adversário é o governo Temer, como admitir que seja natural
compor com o partido dele aqui no nosso Estado?”, disse André ao jornal O POVO na
última terça-feira, 8.
Vice-presidente
da Assembleia, Tin Gomes (PDT) diz que a pretensão do correligionário é
legítima, mas que não acredita que o PDT fique com as duas vagas ao Senado.
“Acho que temos que pensar no que é melhor para o Ceará, e não em projetos
individuais. Uma coligação ampla, entre PT, PDT e MDB, seria melhor para trazer
recursos para o Estado”, diz.
Outro
foco de impasse na base, José Pimentel tem mantido a candidatura à reeleição. O
presidente do PT-CE, deputado Moisés Braz, no entanto, destaca que a prioridade
do partido é a reeleição de Camilo Santana e que uma coligação “ampla” seria
desejável para este fim.
“Isso
não quer dizer que estejamos jogando a toalha da disputa pelo Senado. Muito
pelo contrário, parte do PT entende hoje que é importante que a gente lute por
manter essa vaga, até porque não há nenhuma definição de aliança com o MDB”,
diz. “Agora, mesmo que o partido tenha candidato, não significa que seria
necessariamente o Pimentel”, completa.
O
jornal O POVO tentou entrar em contato, ontem, com André Figueiredo e José
Pimentel, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.