14 de maio de 2018

Com quatro pré-candidatos, base de Camilo vive impasse na disputa pelo Senado


Com pouco mais de dois meses até a definição de candidatos para as eleições deste ano, base aliada de Camilo Santana (PT) vive hoje impasse sobre quais serão os dois nomes do bloco para a disputa ao Senado Federal. 

Até agora, pelo menos quatro pré-candidatos se dizem “confirmados” no páreo pelas duas vagas abertas na Casa a partir do próximo ano.

Disputam pelas cadeiras o ex-governador Cid Gomes (PDT), o deputado federal André Figueiredo (PDT) e o senador José Pimentel (PT). Apesar de ainda não admitir ter voltado à base aliada do governo, o senador Eunício Oliveira (MDB), até pouco tempo atrás na oposição, também vem sinalizando intenção de disputar reeleição em chapa com o bloco de Camilo.

Até o início do ano citada por ambos como “parceria administrativa”, a reaproximação entre o governador e Eunício ganhou claros contornos eleitorais nas últimas semanas. Nos bastidores, se comenta que o emedebista teria tido papel fundamental no “resgate” de partidos da oposição, como o PR e o Solidariedade, para a base do governo.

Como a candidatura de Cid Gomes já é dada como “martelo batido”, fortalecimento do passe de Eunício é motivo de incômodo para os demais pré-candidatos da base ao Senado. O maior crítico interno acaba sendo André Figueiredo, principal cotado para disputar por uma das vagas antes de Camilo e Eunício reatarem o diálogo.

Em maio do ano passado, o deputado chegou inclusive a ter o nome lançado para o Senado pelo próprio Cid durante evento no Interior. Agora menos lembrado, André tem afirmado não possuir qualquer plano senão a disputa pela vaga e destacado "sérias restrições" do PDT nacional à aliança com o MDB.

“Se o nosso maior adversário é o governo Temer, como admitir que seja natural compor com o partido dele aqui no nosso Estado?”, disse André ao jornal O POVO na última terça-feira, 8.

Vice-presidente da Assembleia, Tin Gomes (PDT) diz que a pretensão do correligionário é legítima, mas que não acredita que o PDT fique com as duas vagas ao Senado. “Acho que temos que pensar no que é melhor para o Ceará, e não em projetos individuais. Uma coligação ampla, entre PT, PDT e MDB, seria melhor para trazer recursos para o Estado”, diz.


Outro foco de impasse na base, José Pimentel tem mantido a candidatura à reeleição. O presidente do PT-CE, deputado Moisés Braz, no entanto, destaca que a prioridade do partido é a reeleição de Camilo Santana e que uma coligação “ampla” seria desejável para este fim.

“Isso não quer dizer que estejamos jogando a toalha da disputa pelo Senado. Muito pelo contrário, parte do PT entende hoje que é importante que a gente lute por manter essa vaga, até porque não há nenhuma definição de aliança com o MDB”, diz. “Agora, mesmo que o partido tenha candidato, não significa que seria necessariamente o Pimentel”, completa.

O jornal O POVO tentou entrar em contato, ontem, com André Figueiredo e José Pimentel, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Com informações portal O Povo Online

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