As
bancadas do PT na Câmara e no Senado divulgaram ontem, nota conjunta
ratificando defesa da pré-candidatura à Presidência da República do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado e preso pela Lava
Jato.
No documento, deputados e senadores petistas dizem que o partido não pode
“fazer concessões” na luta em defesa da inocência e da manutenção dos direitos
políticos do ex-presidente.
O
documento foi divulgado no mesmo dia em que o jornal O Estado de S. Paulo
publicou entrevista com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), na qual ele
defende que seu partido apoie a candidatura presidencial do ex-ministro Ciro
Gomes (PDT), seu padrinho político, e indique o ex-prefeito Fernando Haddad
(PT) como vice.
Camilo Santana diz estar convicto de que Lula não conseguirá ser
candidato e afirma que o PT não pode “apostar no isolamento suicida”.
“As
bancadas do PT na Câmara e no Senado afirmam sua unidade em defesa da
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Líder em todas as
pesquisas eleitorais, mesmo depois de ter sido injusta e arbitrariamente
condenado e preso, Lula representa a oportunidade de o Brasil reencontrar o
caminho da democracia, da inclusão social, do diálogo, da soberania nacional,
do crescimento econômico e da geração de empregos”, diz a nota.
No
documento, as bancadas dizem que as eleições de outubro só serão democráticas
se todas as forças políticas puderem participar de forma livre e justa. “Não
podemos fazer concessões na luta em defesa da inocência e da manutenção dos
direitos políticos de Lula. Nesse cenário, a candidatura Lula se impõe ao
partido e é a melhor alternativa à nação”, afirmam na nota, assinada pelos nove
senadores e 60 deputados da legenda em exercício.
Lula
“liberou” o PT para conversar com outros partidos de centro-esquerda visando
uma aliança eleitoral para o segundo turno da eleição, conforme relato da
presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad, que visitaram o petista ontem na sala especial onde está preso
há 40 dias, na Polícia Federal, em Curitiba.
Para
o primeiro turno, o partido insistirá no registro da candidatura do petista e
alega que ele pode concorrer e até ser eleito, mesmo preso e condenado em
segunda instância, segundo a presidente da legenda.
Gleisi
reconhece, no entanto, que Lula tem o risco de ser impedido pela Justiça
Eleitoral de concorrer. “No primeiro turno, nós teremos candidato, será Lula.
No segundo turno, ele vai vencer e queremos fazer uma composição. Se não for
ele, nós vamos ver quem da esquerda foi para o segundo turno. Se lá na frente
nada der certo, o presidente saberá encaminhar o processo junto com a direção
do PT.
Com
informações portal O Povo Online
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