Data
tradicionalmente marcada por passeatas e atos políticos realizados por
sindicatos, o Dia do Trabalhador deste ano será unificado em muitas capitais do
País, colocando lado a lado centrais sindicais que costumavam realizar atos
separados no mesmo dia. As principais reivindicações que unem os movimentos são
a revogação da reforma trabalhista e a libertação do ex-presidente Lula (PT),
preso em abril.
Em
Fortaleza, o grande ato ocorre às 15 horas, no Ginásio Poliesportivo da
Parangaba, e é organizado por três centrais sindicais: a Central Única dos
Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a
Intersindical, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Emanuel
Lima, secretário de comunicação da CUT Ceará, explica que houve uma reunião com
todas as centrais, e foram essas que decidiram fazer o ato unidas. “Este ano é
diferente dos outros. Isso tem acontecido nos últimos dois anos desde o golpe,
o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a pauta de retirada de
direitos do Michel Temer (MDB), reforma trabalhista. As centrais sindicais que
não tinham o diálogo têm se aproximado muito”, explica Emanuel.
Carlos
Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, defende que
este será “um 1º de maio extremamente politizado”. Segundo ele, o que tem unido
as centrais em todo o País são os constantes “ataques à democracia”. Ele cita
casos recentes como o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle
Franco e a prisão de Lula. “As palavras de ‘Marielle vive’ e ‘Lula livre’
acontecem nessa aproximação”, analisa.
Luciano
Simplício, presidente estadual da CTB, destaca a reforma trabalhista como forte
unificadora dos movimentos. “Este é o primeiro 1º de maio que o trabalhador vai
passar sub judice da reforma trabalhista, e o que nós temos visto? Mais
desempregados, mais empregos informais, mais ambulantes e pedintes”, afirma.
Às
13 horas, os professores municipais de Fortaleza realizarão carreata, chamada
de “carreata da greve”, que sairá da Praça 31 de Março, na Praia do Futuro, e
deve percorrer principais vias da Cidade. A categoria briga por um piso
salarial nacional e não aceita o reajuste de 2,95% concedido pela Prefeitura.
Nas
principais capitais brasileiras, também haverá atos unificados, como Rio de
Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. Em algumas cidades,
centrais farão atos unificados e separados. É o caso de São Paulo, em que a
Força Sindical participará de ato conjunto e realizará, separadamente,
tradicional festa com apresentações musicais.
Com
informações portal O Povo Online
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