Camilo Santana e Roberto Claudio na solenidade de implantação da Unidade Integrada de Segurança de Messejana (Foto: Mateus Dantas) |
Se
em todo o Brasil o debate do lulismo tende a polarizar disputas eleitorais
deste ano, no Ceará já há sinais de que outro tema, mais ligado à realidade
local, deve dominar os embates políticos. Mesmo com coligações e chapas para
governo e Senado ainda indefinidas, base e oposição no Estado articulam
estratégias de olho no tema da segurança pública.
Se
comparados com outros estados, o assunto da prisão do ex-presidente ainda é
pouco pautado no debate pré-eleitoral cearense, que prefere enveredar pelo
crescimento da violência e de episódios envolvendo facções criminosas. Na
eleição passada, a candidata petista, Dilma Rousseff, obteve vitória
considerável no Ceará com 76,75% dos votos.
O
exemplo mais claro vem do bloco PSDB-PSD-SD-Pros, o maior de oposição no
Estado, que tem hoje como principal pré-candidato ao governo o general da
reserva Guilherme Teophilo (PSDB). Para reforçar a candidatura, lideranças
tucanas destacam pesquisas apontando interesse do eleitor por um candidato que
priorize o problema da segurança.
O
Pros, primeira sigla maior a fechar chapa própria para a disputa de cadeiras na
Assembleia e Câmara dos Deputados, segue a mesma linha, apostando em diversos
candidatos com atuação ligada à segurança pública. Principal liderança do
partido, o deputado estadual Capitão Wagner não nega que a violência e a saúde
deverão ser principais temas da chapa.
"Ficamos
constrangidos de não tocarmos tanto em outros assuntos importantes, pois parece
que não temos nada mais para tratar. Mas a associação entre violência e
superlotação de hospitais é muito próxima e o debate é sempre pertinente",
disse Wagner em sessão da Assembleia na última sexta-feira.
Além
dele, completam a chapa outros nomes como o do apresentador de programas
policiais Victor Valim, o policial militar Soldado Noélio e o policial civil
Julierme Sena. “Não podemos aceitar argumentos muitas vezes tolos de que este é
o governo que mais investe em segurança e trouxe mais melhorias se, em cada
esquina de Fortaleza, encontramos exemplos do fracasso”, diz o deputado Roberto
Mesquita, outro candidato.
No
mesmo sentido, o PSL, sigla do pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro (RJ),
reformulou diretoria na última semana indicando uma série de policiais e
pastores para o comando do partido. Prioridade do grupo é fortalecer
candidatura de Bolsonaro, que tem pautado o crescimento da violência no País,
no Ceará.
Ciente
da movimentação da oposição, a base tem reforçado atuação e discursos também na
área da segurança. Neste sentido, se somam diversas iniciativas como entrega de
Unidades Integradas de Segurança (Unisegs) e de torres de vigilância pela
Prefeitura de Fortaleza.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.