O
currículo do general do Exército Guilherme Theophilo, com passagem por setores
estratégicos para a segurança nacional, foi motivo de rasgados elogios no
último encontro das lideranças da oposição no gabinete do senador Tasso
Jereissati (PSDB), na última quinta-feira, (19/04).
A experiência do militar em gestão de
áreas-chave no combate ao tráfico de armas e drogas é, talvez, o que os partidos
esperavam para ganhar terreno às custas de uma das principais dificuldades do
atual Governo: a segurança pública. Por isso, o nome do general se fortalece
como alternativa da oposição.
Entre
os políticos presentes ao encontro, ainda permanecia a dúvida se o general
seria o candidato bancado pelo grupo liderado pelo senador tucano. Em
compensação, sobraram convicções sobre a capacidade de Theophilo na área da
segurança.
Recém-filiado
ao PSDB, ele foi até 2016 comandante militar da Amazônia e esteve à frente do
controle das fronteiras de uma das áreas de maior atenção para o tráfico de
entorpecentes no País. Após dois anos, deixou o cargo e assumiu o Comando
Logístico do Exército, responsável pela fiscalização e controle do armamento
que chega ao território brasileiro.
Filho
de uma linhagem de militares que remonta à Guerra do Paraguai, no Império
Brasileiro, Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira tem 63 anos e ingressou
na reserva em março. Pelo menos quatro ascendentes do general permanecem na
ativa das Forças Armadas. Dos irmãos, cinco são militares, incluindo o general
Estevam Theophilo, que foi comandante da 10ª Região Militar, no Ceará, até o
último dia 12.
Único
dos filhos que nasceu fora do Ceará, Theophilo é carioca, veio com a família a
Fortaleza ainda na infância e estudou no Colégio Militar da Capital. Ingressou
no Exército aos 21 anos e cumpriu trajetória descrita pelos militares como
invejável, servindo em cidades como Natal, Cuiabá e Brasília.
Antes
de se tornar general, fez parte do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, na primeira gestão do Governo Lula, mas foi no
Comando Militar da Amazônia (CMA) que ele ganhou destaque. Durante sua gestão,
mais de 500 militares estrangeiros participaram de simulação para formar diretrizes
de socorro a vítimas em caso de catástrofes, no ano passado.
Batizado
como Amazonlog, o trabalho ganhou repercussão na imprensa e Theophilo se
mostrou desenvolto com veículos de comunicação. Em última entrevista em Manaus,
publicada em 2016 no jornal A Crítica, Theophilo fez balanço do trabalho na
região e falou também de política.
Questionado
sobre os pedidos de intervenção militar no País, que à época pegavam carona nas
manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o general considerou
como “compreensível” a “insatisfação” do povo.
“O
papel do Exército Brasileiro nessa conjuntura é respeitar a Constituição e agir
de acordo com os preceitos da democracia. Atuaremos, se preciso for, para
garantir o cumprimento da lei e a manutenção da ordem e o perfeito
funcionamento das nossas instituições”, disse, antes de destacar a “extrema
confiabilidade” do Exército Brasileiro.
Mais
recentemente, antes de entrar na reserva, Theophilo fez parte do grupo que
pensou a estratégia da intervenção federal implementada no Rio de Janeiro em
fevereiro.
Com
informações portal O Povo Online
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