As
eleições de 2018 serão palco de um movimento inédito desde a redemocratização
do País: a candidatura expressiva de militares da reserva das Forças Armadas.
Após período de reclusão aos quartéis depois do fim da ditadura, eles agora
investem na carreira político-partidária aproveitando-se de clima favorável às
suas pautas “patriotas”.
Estima-se
que mais de 50 militares devem disputar as eleições, para todos os cargos em
quase todos os estados. O número expressivo é
resultado de articulação comandada pelo general Roberto Peternelli (foto), que tem
trabalhado para formar uma bancada forte no Congresso Nacional para a defesa
dos interesses da categoria.
Peternelli
ficou conhecido após o presidente Michel Temer (MDB) cogitar seu nome para
presidir a Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2016, mas descartar após
repercussão negativa. Ele se candidatou mais de uma vez para a Câmara dos
Deputados pelo estado de São Paulo e hoje é ponto-chave para entender a
movimentação que ganha força nos círculos e associações de militares da reserva
em todo o Brasil.
As
candidaturas divulgadas ainda não estão consolidadas. Até agora, há um
pré-candidato à presidência da República, cinco ao governo estadual, dois ao
Senado e o restante para a Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmara
Distrital.
O
movimento chegou ao Ceará com a indicação do general Guilherme Theophilo como a
aposta da oposição para enfrentar o governador Camilo Santana (PT). Em entrevista
ao O POVO, o militar diz que o general Peternelli é um “amigo muito grande” seu
e revela que essa articulação é antiga, embora ainda discreta.
“Ele
vem estruturando esse movimento dentro das Forças Armadas, para nós termos uma
bancada de militares participando do Legislativo, do Executivo e de vários
setores. Esse trabalho já vem de muito tempo, com ele levantando e
incentivando”, confirma.
Com
informações portal O Povo Online
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