Apesar
da troca de partido em 14 mandatos na Assembleia Legislativa do Ceará, a correlação
de forças não mudou. A base do governador Camilo Santana (PT) continuou
fortalecida. O levantamento é do jornal O Povo.
Enquanto
o PDT continuou sendo o maior partido do Estado em número de deputados, no
total de 12, o PP, também da base, cresceu e agora é o segundo colocado, com
sete parlamentares — incluindo o suplente do deputado licenciado Mário Hélio
(Patri), Yuri Guerra.
Com
as alterações, o PMB e o PHS ficam sem representantes na Casa. A fragmentação
de deputados da base em siglas menores tem o objetivo de reunir o maior número
de legendas na disputa de outubro do lado governista.
O
vice-líder do Governo, Julinho, é um dos exemplos. Deixou o PDT e passou a
integrar o inexpressivo PPS. Os únicos partidos sem alterações em suas bancadas
foram PT, PSDC, Psol, PRP, PRB e DEM.
Como
demonstração de força, os deputados aliados do governador formaram um blocão de
23 nomes. A oposição, por outro lado, ainda estuda estratégias para não ser
“engolida” politicamente nas atividades da Casa, como é o caso das
participações nas comissões técnicas.
O
deputado estadual Carlos Matos (PSDB) disse ao jornal O POVO que “é possível” que a oposição
forme um bloco e que o assunto ainda está sendo articulado entre os
oposicionistas. Heitor Férrer (SD), que afirma ainda não ter sido procurado
pela ala opositora, garantiu que não teria problema em “abrir mão” de espaços
para “melhorar o desempenho dos que fazem oposição ao Governo”.
Às
16 horas de hoje, o presidente da ALCE, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), se
reúne com os líderes partidários para definir a nova configuração das comissões
técnicas, dissolvidas antes da janela partidária justamente com o intuito de
aguardar a nova configuração interna.
Até
ontem, Carlos Matos revelou não ter recebido convite para a reunião. “Não fui
convidado. Se eu for convidado, eu vou”. O tucano criticou a base do governador
Camilo.
Ele
diz que o grupo tenta, a todo custo, “matar” o espaço dos adversários na
Assembleia. “Estão fazendo tudo pra tirar todos os espaços da oposição. Se eles
vão conseguir ou não, eu não sei, mas tão tentando”, questionou.
Apesar
da disputa para o comando das comissões, os parlamentares pouco darão
expediente nos trabalhos internos. Em ano eleitoral, a ALCE praticamente fica
esvaziada em data bem antecipada da eleição.
Com
informações portal O Povo Online
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