As
chuvas registradas em 2018 garantiram aos açudes cearenses aporte de 1,5 bilhão
m³, o maior desde 2011.
Naquele ano, o ganho de água foi expressivo: 7,84 bilhões
m³. Até ontem, o volume dos reservatórios era de 2,47 bilhões m³, o que
representa 13,27% da capacidade de armazenamento. Segundo a Companhia de Gestão
dos Recursos Hídricos (Cogerh), dos 155 açudes do Estado, 23 estão com volume
acima de 90%, sendo que 17 sangraram, e 93 estão com volume abaixo de 30%.
Outros 39 reservatórios estão acima de 30% e abaixo de 90%.
“É
uma pequena melhora, mas importante neste momento. Temos situações muito
diferenciadas. As bacias mais ao norte do Estado e no litoral, podemos dizer
que estão com situações mais confortáveis. A bacia do Acaraú vem tendo uma boa
recuperação, a melhor continua sendo a do Castanhão”, contextualiza o
presidente da Cogerh, João Lúcio Farias.
Ele
explica que algumas bacias encontram-se em situações preocupantes, como a
Metropolitana, que está com 18,32% da capacidade. Nessas áreas, medidas de
controle e uso racional de água ainda se fazem necessárias.
“Precisamos
ter uma gestão de controle, tarifa de contingência, buscar novas fontes alternativas
de água, aproveitamento de águas subterrâneas, estamos caminhando com o projeto
de dessalinização de água do mar para abastecimento humano”, esclarece Farias.
Conforme
a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), foram
anotados 161,1 milímetros (mm), em média, nos primeiros 16 dias de abril. Esse
valor é 14,3% menor que o esperado (188 mm) para o mês.
O
meteorologista da Fundação, Raul Fritz, explica que há chances da média
histórica ser ultrapassada, caso a incidência de chuvas permaneça na segunda
quinzena do mês.
Entre
a manhã de domingo, 14, e a manhã de ontem, a Funceme registrou precipitações
em 100 municípios. As maiores aconteceram, respectivamente, em Granja (96 mm),
Fortaleza (90,8 mm) e Paracuru (86,2 mm). Segundo Fritz, as regiões mais
favorecidas são a jaguaribana e do Cariri, que estão levemente acima da média,
seguidas da região da Ibiapaba e do litoral norte, que estão um pouco abaixo da
média. A influência se deve à zona de convergência intertropical.
“É o principal
sistema da quadra chuvosa que provoca chuvas. A zona é uma área em que os
ventos alísios, que vêm dos dois hemisférios terrestres, norte e sul, se
encontram. Essa área de encontro representa as condições iniciais para o
desenvolvimento desse sistema meteorológico. Quando esses ventos se encontram e
carregam umidade para cima da atmosfera, transformam-se em nuvens de chuva”,
resume.
As
precipitações vieram acompanhadas de raios e trovões. Por meio do Sistema de
Monitoramento de Descargas Atmosféricas, a Enel Distribuição Ceará registrou
20.647 raios neste ano em todo o Estado. Destes, 4.253 foram registrados
somente em abril.
O
município com maior incidência foi Santa Quitéria (1040), seguido de Granja
(1004), Crateús (646), Tamboril (529) e Tauá (495). Em 2017, a Enel
contabilizou 72.843 descargas atmosféricas no Ceará.
Com
informações portal O Povo Online
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