O
presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, rompeu o silêncio ontem (22/03) sobre o
escândalo do uso de dados pessoais na rede social, admitindo que a companhia
cometeu “erros” e deve fazer mais para resolver o problema. “Temos a
responsabilidade de proteger seus dados e se não pudemos, não merecemos
servi-los”, escreveu, na própria página.
“As
medidas mais importantes para isso não ocorrer de novo foram tomadas há anos,
mas também cometemos erros e há mais por fazer”, acrescentou. Zuckerberg se
disse “responsável pelo que acontece” no Facebook e prometeu oferecer aos
usuários uma melhor utilização de seus dados pessoais.
O Facebook está no meio
de uma “tempestade” depois que a empresa de análise de dados Cambridge
Analytica foi acusada de obter, sem consentimento, dados de 50 milhões de
usuários para elaborar um programa que permite prever a votação dos eleitores.
O software teria sido usado para influenciar a campanha de Donald Trump.
O
psicólogo que desenvolveu o aplicativo que serviu à Cambridge Analytica disse
ontem que o mesmo era legal e se ajustava aos termos de uso.
Aleksandr
Kogan, professor de psicologia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra,
lamentou, em declarações à BBC, que tanto o Facebook quanto a Cambridge
Analytica o estejam usando como “bode expiatório” ao culpá-lo de uso ilegal de
dados pessoais.
O
escândalo custou ao Facebook uma desvalorização de 7% na bolsa de Nova York em
três dias. “Honestamente, pensava que agíssemos de forma apropriada, achava que
fazíamos algo normal”, avaliou Kogan. Ele desenvolveu um aplicativo denominado
This is Your Digital Life (Esta é a sua vida digital).
O
caso alavancou um movimento de debandada do Facebook. A iniciativa recebeu o
apoio de um dos fundadores do WhatsApp, que hoje pertence ao Facebook.
“#deletefacebook (#apagueoFacebook)”, escreveu Brian Acton, no Twitter. A
hashtag se popularizou nestes dias. “É hora de dar importância à privacidade”,
disse.
Com
informações portal O Povo Online
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