Depois
do desabafo acalorado de Capitão Wagner (Pros) em sessão ontem (22/03) na Assembleia
Legislativa, a oposição se reúne hoje para definir se o deputado estadual será
candidato ao Governo do Estado.
O evento, que terá participação de Wagner,
deverá reunir todos os partidos que se declaram como opositores ao governador
Camilo Santana (PT) e será realizado no escritório do senador Tasso Jereissati
(PSDB).
Ao
discursar na Assembleia, Wagner criticou ontem o PSDB por não se decidir sobre
o pleito estadual, uma vez que o partido se declara opositor de Camilo, mas
integra secretariado do Governo.
“Não dá pra dizer que eu sou da oposição, mas
não largo a base. Que oposição é essa? Não dá pra fazer discurso novo com as
práticas antigas”, argumentou citando Maia Júnior (PSDB), secretário do
Planejamento do Governo. Ele cobrou da oposição definição sobre o rumo do grupo
na disputa de outubro deste ano.
O
parlamentar abriu o pronunciamento ontem, porém, respondendo à fala do
presidente estadual do PSDB, Francini Guedes, ao jornal O POVO, na edição de ontem. O
tucano projetou dificuldades para a sigla apoiar Wagner na eleição para o
Executivo depois da filiação do deputado ao Pros.
Em
resposta, Wagner cobrou coerência dos tucanos no Ceará. “Que demérito tem o
Pros em relação a outro partido? Não dá pra eu ter o PSDB me apoiando e
prefeito do PSDB declarando voto no Camilo. Reclamaram que eu saí do PR. Eu vou
ficar no PR com a deputada Gorete (Pereira) votando no Camilo? Aí eu vou pro
DEM, o DEM votando no Camilo? Meu amigo, querem me fazer de palhaço? Não”,
criticou.
O jornal O POVO tentou falar com o presidente estadual do PSDB em várias oportunidades
ontem, mas não obteve sucesso. Em uma das ligações, o tucano pediu para
retornar momentos depois, mas não atendeu mais às chamadas para o telefone
celular.
O
deputado estadual Carlos Matos (PSDB), disse que Wagner foi “infeliz” nas
declarações e que “o foco (das críticas, se houver) é no bloco de coalização e
não no partido”, porque, segundo ele, cada sigla toma posição no seu tempo e,
por isso, não deve ser cobrada por lideranças de outras legendas.
Matos
defendeu ainda que a “insatisfação” é algo natural quando se trata da vida
política, mas que os questionamentos deveriam ter sido feitos internamente, no
bloco, e não de forma pública.
Em
entrevista coletiva, Wagner condicionou sua candidatura ao Executivo à união
dos partidos que integram a oposição. Caso não haja possibilidade do
agrupamento, deverá se candidatar a uma vaga para a Câmara dos Deputados
evitando o que chamou de “suicídio”, que seria uma candidatura ao Governo do
Estado sem musculatura.
Com
informações portal O Povo Online
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