Michel
Temer (MDB) vai mesmo concorrer à reeleição. Desde que os dois mandatos
consecutivos passaram a ser permitidos, todos os antecessores tentaram e
conseguiram. Nenhum estava em situação tão ruim a essa altura do ano eleitoral.
Mas, também não havia nenhum com cenário tão confuso à frente.
Com a força da
máquina, não é tão difícil ele chegar a um patamar que o coloque no segundo
turno. Porém, precisará melhorar muito. Se isso não ocorrer e ele seguir no
atual patamar, será dos mais vexatórios constrangimentos já impostos pela
população a um governante.
Temer
não podia mesmo adiar a definição. Sem sinalizar perspectiva de poder, a base
estava se esfarelando. Ok, a candidatura dele ainda precisa mostrar que é
competitiva e nada garante isso. E várias outras perguntas surgem: 1) Henrique
Meirelles (PSD) ainda mantém sonho de ser candidato? Duvido. 2) E Rodrigo Maia
(DEM)? Provavelmente. Como fica a relação entre eles? O tempo dirá.
Temer
sempre se vangloriou da impopularidade como trunfo. Dava liberdade a ele de
tomar medidas polêmicas, como a reforma da Previdência — que não saiu, aliás.
Agora, precisará correr atrás do apoio popular que renegou. Tem como âncora a
segurança pública, um ministério nessa área que ninguém ainda sabe ao certo o
que fará e uma ocupação federal no Rio de Janeiro que é questionada
mundialmente.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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