Ontem
foi o Dia Internacional da Mulher. A desigualdade de gênero, a falta de
representatividade feminina em todas as esferas da sociedade, o assédio, a
violência contra a mulher, os índices de feminicídio no Brasil, a enorme
diferença salarial, são temas do seu interesse? Ou você considera essas
discussões o mais puro “mimimi”?
Já
fez o exercício de pensar sobre a presença feminina na sua vida? Que papel sua
mãe, avós, tias, irmãs, primas, professoras, amigas, namoradas, colegas de
trabalho, esposa ou companheira, exerceram ou ainda exercem na sua vida? E que
papel você exerce na vida delas?
Você
tem filhas? Conseguiu educá-las da mesma maneira como educou seus filhos? Suas
filhas cresceram, incentivadas por você, acreditando que podiam ser o que elas
quisessem? E elas se tornaram as mulheres que sonhavam ser? O que você fez para
que isso acontecesse?
Essa
não é uma missão fácil. Fomos criados numa sociedade machista, preconceituosa,
racista, homofóbica e enviesada. A cultura que determinou a maneira como vemos
o mundo, nos fez acreditar que é “normal” as mulheres terem uma profissão
secundária, ganharem menos e assumirem integralmente a educação dos filhos e as
tarefas da casa. Isso sem falar em todas as formas reinantes de violência
contra a mulher, socialmente aceitas ou “justificadas”.
Você
já se deu conta disso? Ou continua ensinando seu filho a “ser homem”, o “macho
alfa” provedor, corajoso, inteligente, valente, e sua filha a querer ser uma
“linda princesa” cor de rosa?
Que
exemplo de pessoa você tem sido? Seu discurso condiz com suas atitudes? Ou
aquilo que você faz fala tão alto que mal dá para ouvir o que você diz?
Você
tem consciência do quão machista você é? Independente do seu gênero, raça,
orientação sexual ou classe social?
Fica
aqui o meu convite para que você pense no mundo que quer deixar para as futuras
gerações.
Mude.
Só assim você muda o seu mundo.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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