Para Odorico Monteiro a alma do PSB hoje é pró-Ciro (Foto: Divulgação) |
Com
planos de candidatura própria frustrados e dúvida sobre a participação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, o PSB fortalece a
possibilidade de apoiar o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, para a Presidência
da República. “A alma do PSB hoje é pró-Ciro. Tem um sentimento aí, uma
simpatia”, considera o presidente estadual do partido, deputado federal Odorico
Monteiro.
Entretanto,
a sigla não abre mão da meta de eleger pelo menos dez governadores no próximo
pleito. Conforme Odorico, esse é o principal ponto para consolidar a aliança.
“Se o PDT tiver como deliberação apoiar os dez governadores do PSB, facilita
essa possível aliança com o ex-ministro”, afirma.
O
apoio a Ciro Gomes vem sendo costurado desde o ano passado pelo PSB, mas ainda
não foi fechado porque o partido tinha interesse de lançar o ex-ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa para a disputa pelo Planalto. O
ex-ministro, porém, tem demorado a decidir sobre a candidatura. Diante do
silêncio, o PSB procura outras possibilidades.
Até
2013, a sigla abrigou Ciro Gomes e o grupo político comandado por ele. Ciro se
desfiliou por desavenças com o partido, após o PSB Nacional defender a
candidatura de Eduardo Campos à época.
Na
avaliação de Odorico Monteiro, as diferenças entre o partido e Ciro estão
superadas. A ideia de apoiá-lo também se alinharia ao retorno do partido para a
centro-esquerda, o que foi confirmado no último congresso nacional realizado
pelo PSB, em fevereiro deste ano. “Estamos buscando conseguir uma unidade para
que o centro-esquerda não fique fora do segundo turno. Esse seria o pior
cenário para o País”, considera.
No
campo estadual, além de confirmar o apoio ao governador Camilo Santana (PT), o
partido empreendeu campanha de filiação que pretende trazer para a sigla pelo
menos 40 mil novos membros até dezembro. Odorico entende que a proposta se
alinha com o momento de retorno ao centro-esquerda encarado pelo partido,
principalmente após a saída do deputado Danilo Forte (atual DEM) da liderança
do partido.
“O
fato de a direção anterior do partido ter apoiado e ser da base do Governo
Temer afastou muito a militância que, na sua maioria, é oposição ao Governo”,
afirma Odorico. Para ele, o momento é também de restabelecer antigos filiados
que haviam se afastado do partido.
Ainda
em período de janela partidária, Odorico diz que tem conversado com possíveis
novos quadros para a legenda, mas a migração só será possível se for para o
fortalecimento do partido no centro-esquerda. Evitando citar nomes, o deputado
informou que as discussões ainda são preliminares e que deverão ser definidas
até o dia 5 de abril.
Para
as eleições, o presidente estadual do PSB diz que ainda não está fechada a meta
para a bancada na Assembleia Legislativa. Nacionalmente, no entanto, a ideia é
eleger pelo menos um deputado federal para cada estado da federação e ampliar a
bancada na Câmara dos Deputados, que hoje é formada por 35 parlamentares.
Com
informações portal O Povo Online
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