Crivella e Pezão recepcionaram o presidente Temer no Rio (Foto: Alan Santos) |
O
presidente Michel Temer anunciou ontem (17/02) no Rio, a criação do Ministério
Extraordinário da Segurança Pública. O anúncio é mais uma medida no contexto da
guerra ao tráfico de drogas. Para a criação da pasta, o Ministério da Justiça
será desmembrado. Temer não respondeu perguntas da imprensa e não falou quem
assumiria a nova pasta. “Nós não vamos parar por aí. Muito brevemente, na
próxima semana ou na outra no mais tardar, eu quero criar o Ministério
Extraordinário da Segurança Pública, que vai coordenar a segurança pública em
todo o País, evidentemente sem invadir as competências de cada estado
federado”, disse o presidente. A nova pasta será desmembrada do Ministério da
Justiça e oficializada por meio de um texto que já está na Casa Civil.
Na
sexta-feira passada, o presidente decretou intervenção na Segurança do Rio. A
medida foi para conter a crise de violência no Estado. O secretário de estado
de segurança, Roberto Sá, foi afastado do cargo e o general Walter Braga Netto
será, na prática, quem cuidará de todas as questões ligadas à segurança
pública. O decreto já está em vigor, mas precisará ser confirmado pelo
Congresso para seguir valendo.
Sobre
o assunto
Intervenção.
Deputada do Rio será relatora do decreto presidencial
Erramos.
Vencedora da concessão pagará projeto da roda-gigante
Ontem,
militares do Exército reforçaram o policiamento na zona sul da capital por
causa da chegada do presidente à Cidade. Temer chegou ao Palácio Guanabara de
helicóptero, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência
da República, Moreira Franco, por volta do meio-dia. A comitiva do presidente
foi recebida pelo governador Fernando Pezão (MDB) e pelo prefeito Marcelo
Crivella (PRB), que voltou ontem de uma viagem à Europa durante o Carnaval.
Segundo
o Comando Militar do Leste (CML), as ações decorrentes da intervenção ainda não
começaram. Ainda assim, tropas foram vistas em Laranjeiras, onde fica o Palácio
Guanabara, sede do governo estadual, e local da reunião.
O
coronel Carlos Frederico Cinelli, chefe da comunicação social do Comando
Militar do Leste, explicou que ainda estão valendo as ações que já vinham sendo
desencadeadas desde junho do ano passado, quando a Garantia da Lei e da Ordem
(GLO) foi decretada.
Foi
quando as tropas federais passaram a reforçar o policiamento no Estado na
tentativa de controlar a violência, marcada por confrontos entre traficantes e
policiais e a morte de crianças por balas perdidas.
De
lá para cá, militares fizeram operações em favelas tomadas pelo tráfico e em
rodovias e vias expressas, usadas por criminosos para deslocamento de armas e
drogas.
A
intervenção na Segurança do Rio de Janeiro tem duração até o fim deste ano. É a
primeira do tipo desde a promulgação da Constituição Federal, há 30 anos. A
justificativa foi a escalada da violência no Rio, cujos índices vêm se
deteriorando nos últimos três anos. Um somatório de fatores, como os casos
registrados no Carnaval - embora as estatísticas comprovem que a festa este ano
registrou menos ocorrências policiais do que nos anos passados -, o avanço das
milícias em favelas e a crise financeira pela qual o Estado passa há mais de
dois anos, levaram à decisão.
Os
governos Federal e Estadual ainda não explicaram por que a intervenção veio
especificamente neste momento. A medida terá de ser aprovada pelo Congresso
Nacional, o que deve acontecer na semana que vem, mas já está em vigor.
Com
informações portal O Povo Online
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