Montagem com a matéria especial da revista veja sobre o julgamento de Lula e as capas das três principais revistas do Brasil |
Não
são apenas Lula e a liberdade das eleições que estarão em jogo na quarta-feira. É,
também, o papel das três grandes revistas brasileiras – Veja, Época e –
sobrevivendo com as verbas de Temer – a Istoé – como “força tarefa” da Lava
Jato.
Desde
o “powerpoint” da Veja, na semana da eleição de 2014, lançada para tentar
eleger Aécio Neves as três tornaram-se peças semanais de implacável acusação
seletiva. Aliás, o beneficiário daquela capa que, na ocasião, não funcionou o
suficiente para alcançar a vitória do hoje desaparecido – alguém lê algo sobre
ele e suas malas? – senador mineiro.
Não
é diferente hoje e é provável que tenham, neste momento, edições antecipadas
prontas, à espera da condenação que seria seu carnaval antecipado. Das três, a Época
é quem coloca algumas fichas na necessidade de ter munição futura, contando que
não se complete o aniquilamento de Lula, pronta a atacar sua família (aliás, a
mesma que, em outros tempos, dizia que ele abandonava).
A Istoé, que perdeu faz tempo todas as estribeiras, já
o coloca atrás das grades. Mas é a Veja quem vai ao ponto: pressionar, com seu
poderio, os desembargadores para que não “afinem” na quarta-feira.
E
usa, como o quis fazer com Celso de Mello no julgamento dos embargos
infringentes do chamado “Mensalão”, estampando o seu rosto na capa para,
previamente, apontá-los à execração no caso de se aventurarem a desobedecer o
diktat do tribunal da mídia.
Daquela
vez, todos sabem, não funcionou. As circunstâncias, porém, eram outras: ainda
não havia o golpe, os prejuízos políticos já tinham sido “contabilizados” e,
sobretudo, não havia a figura imperial de Sérgio Moro, transformado do “Il
Duce” do Judiciário.
Quarta-feira,
portanto, será também o dia de verificar o quanto – e se totalmente – a mídia
conseguiu fazer do Judiciário uma extensão de seu poder de manipulação. E que
ele, como ela o faz, pretende se substituir ao povo brasileiro e dizer que ele
não pode escolher o que ela não quer que escolha.
Publicado
originalmente no portal Tijolaço
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