Liderando
a bancada de oposição ao governador Camilo Santana (PT), logo após a derrota do
senador Eunício Oliveira (MDB) ao Palácio da Abolição, ainda em 2014, o MDB não
mais se declara pertencente à ala opositora ao petista na Assembleia
Legislativa do Ceará (AL-CE), três anos passados desde o racha do grupo.
O
presidente estadual da legenda, Gaudêncio Lucena, reconhece que a chamada
“parceria institucional” entre o governador e o presidente do Congresso
Nacional “fez com que aquele discurso de oposição que vinha se caracterizando
no partido, ao longo deste mandato, houvesse uma reversão”.
O
ex-vice-prefeito de Fortaleza não consegue ainda dizer aonde está o MDB
atualmente, se base ou posição de independência ao Governo do Estado, mas
admite as conversas entre Eunício e Santana.
“A
bancada está em espera de definição dessas conversações que estão ocorrendo
entre o senador Eunício e o governador Camilo, e que há uma expectativa, pelo
menos a imprensa tem cogitado muito isso, de uma possível aliança que essa
parceria institucional possa vir a se transformar”, diz.
Gaudêncio
garante que “não existe ainda uma definição, mas, enquanto isso, a bancada tem
vivido essa expectativa”. “O ímpeto da oposição (do MDB) arrefeceu”, conclui
Lucena.
O
discurso é o mesmo adotado pelo deputado estadual Leonardo Araújo, que resistia
há bem pouco tempo à possibilidade de integrar a base petista na Assembleia. De
forte discurso oposicionista, desde quando assumiu o posto deixado pelo
ex-deputado Carlomano Marques, Araújo já admite acatar qualquer decisão que o
partido tomar, mesmo que seja integrar a base oficialmente.
“Asseguro
que há uma aproximação muito grande do partido com o governo Camilo Santana. E,
se essa for a decisão do senador Eunício Oliveira e da Executiva do partido,
terá o meu apoio, eu seguirei as orientações partidárias”, declarou o deputado.
Questionado se a sigla, na prática, ainda fazia parte da oposição, o deputado
afirmou que a “tendência é que não”.
A
líder do MDB na Assembleia Legislativa, Dra Silvana, já admite que o partido é
governo desde que a maioria dos filiados — ela, o deputado Agenor Neto e Audic
Mota — passou a defender o Palácio da Abolição. “O partido é base, desde que a
maioria dos seus deputados se posicionou para ficar na base”, afirmou.
Silvana
critica, no entanto, a aproximação do partido com o Palácio da Abolição sem ser
consultada sobre o assunto. Liderando a legenda na Casa, a parlamentar mostra
insatisfação pelo fato de as decisões internas estarem sendo tomadas sem
conversas com os demais membros do partido. “Não pode se juntar as duas maiores
lideranças (Camilo e Eunício) que estavam brigando, sem conversas com os demais
filiados”, defende.
No
início da Legislatura a oposição era integrada pelos partidos PR, PV, PPS, PMDB,
PSDB, DEM, PSD, PMB e Psol.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.