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13 de janeiro de 2018

Facebook vai privilegiar postagens de amigos e parentes, notícias terão menos espaço

O Facebook anunciou ontem (12/01) uma mudança em sua política de publicação para privilegiar posts de amigos e parentes e dar menos espaço para aqueles de companhias, marcas e empresas de notícias. 

Ao longo das próximas semanas, os usuários verão menos vídeos virais e artigos compartilhados por organizações de mídia e negócios e mais fotos e textos publicados por amigos. O diretor-executivo, Mark Zuckerberg, anunciou que o objetivo é que o tempo gasto na rede social seja mais “significativo”.


Ao recuar em posts que as pessoas tendem a consumir de maneira passiva, a alteração pode afetar organizações de mídia e empresas que usam o Facebook para compartilhar seu conteúdo. A ideia é ajudar os usuários a se conectar com quem se importam, e não torná-los deprimidos ou isolados, segundo o fundador da rede social:

“A pesquisa mostra que, quando usamos a rede social para nos conectarmos com pessoas com as quais nos importamos, pode ser bom para nosso bem-estar. Podemos nos sentir mais conectados e menos sozinhos, e isso está ligado a felicidade e saúde no longo prazo. Por outro lado, ler artigos de forma passiva ou ver vídeos, mesmo que sejam de entretenimento ou informativos, pode não ser tão bom”, escreveu Zuckerberg em um post.

Assim, o feed do Facebook terá menos posts de marcas, negócios e empresas de mídia e mais de pessoas. Haverá também menos vídeos, considerados “passivos”. Segundo a companhia, a tendência é que as pessoas passem menos tempo no Facebook após a mudança. Isso porque mesmo que as pessoas leiam este conteúdo, não necessariamente comentam ou interagem de outras maneiras.

A preferência por posts que considera mais “significativos” e a redução da ênfase em outros pode reduzir o papel gigante da rede social como uma fonte de notícias para muitas pessoas.

"É a mesma direção que o Facebook está buscando por um tempo: oferecer um local de debate entre indivíduos, um espaço de comunidade, mais que ser uma fonte de notícias. O Facebook quer que os amigos se tornem mais próximos, tenham discussões mais profundas. A tendência é que o tráfego para os sites de mídia pelo Facebook diminua" afirmou o pesquisador sênior em notícias digitais da Fundação de Imprensa da Coreia, Oh Se-uk.

A mudança não vai afetar a publicidade: os usuários continuarão a ver os mesmos anúncios que antes, sejam “significativos” ou não. Mas os negócios que usam o Facebook como se conectar com seus clientes sem pagar pelos anúncios também serão afetados.

O Facebook vem sendo criticado por criar “bolhas”, em que as ideias são reforçadas por pensamentos semelhantes de posts de amigos na rede social.


Com informações portal Canal Tech

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