Pré-candidato
à Presidência da República pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou ontem (21/01) em sua página no Facebook, que vai torcer para que a Justiça brasileira
reconheça a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julgamento
em segunda instância marcado para a próxima quarta-feira (24/01), no 4º Tribunal Regional
Federal (TRF-4), em Porto Alegre.
Embora
tenha dito que “é definitivamente constrangedor e inexplicável que nenhum
quadro relevante do PSDB esteja preso apesar de fartas e robustas evidências de
seu orgânico e ancestral envolvimento em corrupção”, ele negou que haja uma
conspiração política no Judiciário contra Lula.
O
ex-ministro afirmou que imaginar algum tipo de complô “ofende a inteligência
média do País”. Disse ainda que “a consequência inevitável desta constatação
teria desdobramentos tão graves que a um democrata e republicano só restaria a
insurgência revolucionária”.
Como
argumento, ele lembrou que vários membros do MDB estão presos, como o
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e os ex-ministros Geddel Vieira Lima e
Henrique Alves.
Ressaltou
que o próprio presidente Michel Temer foi chamado pela Justiça a responder por
supostos atos de corrupção, em referência às duas denúncias da
Procuradoria-Geral da República (PGR) que foram arquivadas em 2017 pela Câmara
dos Deputados.
“O
que quero dizer nesta hora crítica é que, apesar de seus graves problemas, a
Justiça brasileira ainda deve merecer o respeito institucional da nação. O
oposto é a baderna, a anarquia e, evidentemente, a violência”, escreveu Ciro,
acrescentando em seguida que espera que o tribunal compreenda “a transcendência
de sua decisão”.
O
ex-ministro, que também foi ex-governador do Ceará e foi candidato a presidente
em 1998 e 2002, tem se posicionado como um nome de centro-esquerda. Portanto, a
participação ou não de Lula na disputa terá influência na sua campanha.
Com
informações portal O Povo Online
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