Na
última sexta-feira (05/01) a altaneirense Heloísa Bitú Ferraz obteve aprovação
durante a defesa de sua dissertação de mestrado intitulada: O Sítio de Arte
Rupestre Santa Fé - Crato/CE: Documentação e Diagnóstico Técnico de
Conservação.
Heloísa
ingressou no Curso de Pós-Graduação em Arqueologia pela Universidade Federal do
Piauí - UFPI em 2015, com o desafio de estudar os problemas de conservação de
um sítio de arte rupestre do Cariri cearense.
No mestrado Heloisa contou com a orientação da Dra. Maria Conceição Soares Meneses Lage, doutora em Arqueologia, Antropologia e Etnologia pela Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), pesquisadora com ênfase em Arqueometria e Conservação de Arte Rupestre no Brasil, e co-orientação da Dra. Rosiane Limaverde, doutora em Arqueologia pela Universidade de Coimbra – Portugal e fundadora da Fundação Casa Grande de Nova Olinda-CE.
No mestrado Heloisa contou com a orientação da Dra. Maria Conceição Soares Meneses Lage, doutora em Arqueologia, Antropologia e Etnologia pela Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), pesquisadora com ênfase em Arqueometria e Conservação de Arte Rupestre no Brasil, e co-orientação da Dra. Rosiane Limaverde, doutora em Arqueologia pela Universidade de Coimbra – Portugal e fundadora da Fundação Casa Grande de Nova Olinda-CE.
Participaram
da banca a Dra. Sônia Maria Campelo Magalhães (UFPI), o Dr. Gregoire Andre
Marie Ghislain Van Havre (UFPI), a Dra. Maria da Conceição Lopes (UC-PT) e a
Dra. Vanessa Linke Salvio (UNIVASF), com a participação especial do Presidente
da Fundação Casa Grande e Produtor Cultural: Alemberg Quindins.
No
Auditório do Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI a discente apresentou
os propósitos e resultados de sua pesquisa.
“Vivemos
um momento precioso! Um momento de partilha. Posso dizer que, percorremos um
caminho longo, carregamos algumas perguntas na mochila, muitas dúvidas – eu
diria que durante estes dois anos de pesquisa algumas foram se dissipando,
outras ainda estão por resolver... mas nos confortou a certeza de que não
estivemos sozinhos” defendeu Heloisa
Heloisa
sustentou que a meta era documentar o sítio de arte rupestre Santa Fé no
município de Crato/CE. Em especial os painéis, os grafismos e seus agentes de
degradação.
“E
para isso não poupamos esforços, sempre buscando as metodologias e as
ferramentas de captura da realidade que estavam ao nosso alcance. Somos cientes
de que a boa documentação é aquela que considera todos os aspectos físicos, as
condições ambientais e de estado de conservação de um sítio arqueológico e
consideramos este desafio imprescindível para o estudo da arte rupestre do
Cariri, pois a qualidade desta documentação proporcionará a conservação do
potencial informativo desse tipo de patrimônio”, sustentou.
A
Mestre altaneirense disse ainda que como este tipo de trabalho exige um
conhecimento interdisciplinar, foi uma felizarda em poder contar com o empenho
dos meninos e meninas da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri e de
pesquisadores de iniciação científica dos cursos de Geografia, de Biologia e
das Artes visuais da Universidade Regional do Cariri – URCA e do Geopark
Araripe, ligados ao Instituto de Arqueologia do Cariri Dra. Rosiane Limaverde –
IAC, que gentilmente se dispuseram a enfrentar este desafio.
“Todo
esse envolvimento, esse trabalho coletivo resultou nos decalques digitais das
gravuras, dos painéis do abrigo e na plotagem destes seus problemas de
conservação; e dessa maneira foi que pudemos relacioná-los aos agentes
envolvidos nos processos de intemperismo das rochas, um estudo que
proporcionará a elaboração de um plano de intervenção para a mitigação destes
problemas com a devida qualidade e respeito que exigem esta prática”, escreveu
Heloisa
disse também que espera que a informação obtida na pesquisa de mestrado possa
contribuir significativamente para a elaboração de um plano de gestão daquele
patrimônio, vislumbrando a possibilidade de que ele seja o primeiro sítio
arqueológico do Cariri, aberto à visitação pública com o devido apoio e
permissão dos órgãos responsáveis pela sua salvaguarda.
“Vale
mencionar que essa pesquisa possibilitou, através do aproveitamento dos
decalques da arte rupestre, a criação de uma coleção de T-shirts, desenvolvida
pelo protagonismo juvenil do designer da Fundação Casa Grande – Memorial do
Homem Kariri – Filipe Alves, integrando-se aos projetos de empreendedorismo e
desenvolvimento social e econômico desenvolvidos pela instituição”, finalizou.
A
coleção “Santa Fé: História Gravada no Tempo” – promete não apenas uma
possibilidade de melhoria da renda familiar, mas também o desenvolvimento de
uma cultura de respeito, proteção e divulgação da cultura dos povos
pré-coloniais da Chapada do Araripe.
Acompanhe
pelo Instagram: colecaosantafe
Confira
outras imagens da defesa de Heloisa:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.