Frentes sindicais e outras entidades de classe organizaram protesto ontem contra a reforma da Previdência (Foto: Evilázio Bezerra) |
Protesto
contra a reforma da Previdência, articulada pelo presidente Michel Temer (PMDB)
no Congresso Nacional, uniu sindicatos e movimentos sociais e percorreu ruas do
Centro de Fortaleza na manhã de ontem (05/12). O ato foi mantido após a greve geral,
inicialmente marcada para o mesmo dia, ser suspensa por causa do adiamento da
votação da matéria na Câmara dos Deputados.
A
concentração aconteceu às 8 horas, no cruzamento das avenidas da Universidade e
13 de Maio, no bairro Benfica. De lá, cerca de 5 mil pessoas, segundo
organizadores, seguiram até a frente da sede do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), na rua Pedro Pereira, no Centro. A Polícia Militar não fornece
mais estimativa de participantes em protestos.
A
manifestação foi organizada por centrais sindicais e movimentos sociais, além
das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Para o presidente da Central Única
dos Trabalhadores do Ceará (CUT-CE), Will Pereira, a manutenção do ato era
necessária porque a “pressão popular” influencia na decisão dos parlamentares.
Pereira
avalia que “o dia foi muito positivo no Ceará, porque houve mobilização não só
em Fortaleza, mas em várias cidades do interior do Estado”. Os municípios
cearenses que tiveram protesto foram, conforme a CUT, Quixeramobim, Itapipoca,
Crato, Barbalha, Brejo Santo, Caucaia, Crateús, Iguatu, Quixadá, Redenção e
Russas.
A
professora municipal Márcia Pimenta, 48 anos, disse que tem participado de
protestos contra a reforma porque tem “receio” de não conseguir se aposentar.
“Eu ia me aposentar com 50 anos, com 25 anos de contribuição, como diz a regra.
São muitos anos da sua vida dentro da sala de aula, e agora vou ter de passar
mais 20?”, lamentou.
No
protesto, cartazes com a foto de deputados federais cearenses que votaram a
favor da reforma trabalhista somavam-se a faixas com os dizeres “fora, Temer”.
O nome dos senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB) foram
citados várias vezes durante as falas, associando-os ao “golpe”.
Pelo
menos 18 estados receberam atos. Além do Ceará, tiveram protestos São Paulo,
Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão,
Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Sergipe, Rondônia e Roraima.
Durante
o ato, representantes de centrais sindicais criticaram decisão de suspender a
greve geral. Foi o caso de Raquel Dias, da Conlutas. “Nós achamos que tem que
ter greve independente de votação da reforma (da Previdência)”, defende.
É
consenso, no entanto, que se houver votação na próxima semana, haverá a greve.
“Estamos vigilantes. A partir do momento que marcarem (a votação), a CUT e as
demais centrais sindicais estarão chamando para a paralisação”, garantiu Will
Pereira.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.